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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Encontro com o estafeta da espiritualidade

Até atingir a senda luminosa por onde seria destinado nosso trajeto, lembro-me de ter cruzado com alvoroçado grupo de jovens em meio de uma rua de luzes esmaecidas. Eles estavam num veículo que, embora estacionado, volitava à altura de meio metro do chão. Eles, à semelhança de aves agitadas, algazarravam algum evento auspicioso nas proximidades do que imagino seja um educandário.

Meu rumo, no entanto, era a um centro de difusões de conhecimento que não aquele, situado próximo a uma casa de refúgio de atormentadas almas.

De repente, me vejo adentrando a um imóvel onde um sobrinho me acolhe com uma terrina repleta de arroz e de uma mistura que desconheço.

Vejo no interior da casa, aquele que foi meu tio João que está a se desenlaçar de suas vestes laboriais. Fala comigo e me dá certeza de que já escutava com facilidade, o que não acontecia antes de desembarcar no plano dessa dimensão. Pergunto-lhe por dona Diocina, sua sogra, e ele me responde que ela "estar consertando o carro", o que eu subentendo como preparando um novo corpo.

Nisso, vejo um grupo de rapazes cercando um senhor negro de estatura alta e compleixão avantajada. Ele se dirige a mim e pedindo minha atenção para uma conversa em particular.

Vamos até uma espécie de pracinha e eu lhe digo que já sei o que ele vai me pedir: para fazer uma palestra para seu grupo evangélico. E é então que ele é envolvido por uma luminosa aura e começa a falar na voz de um conhecido mensageiro dos brasileiros. Consigo me lembrar, mais ou menos essas palavras (que escrevi tão logo despertei):

[...] "O mestre Jesus tem me conduzido por caminhos seguros. Minha voz tem sido a voz de sua prestimosa mensagem. Sou grato por ser esse estafeta de tão importante líder, embora não saiba atinar quais méritos me inclinam a essa tarefa..."

Enquanto ouço sua voz tão familiar aos meus ouvidos, meus olhos se enchem de lágrimas e vou acordando inebriado pela impressionante imagem que ainda guardo na memória.

domingo, 27 de julho de 2008

Enchentes do outro lado da vigília

Houve enchente nas ruas onde está situado o bangalô. E, esta semana, estive em busca de auxiliar as suas vítimas. As águas subiram em demasia. Numa das casas, onde consegui penetrar em busca de socorrer alguém, descubro minha avó em uma das minhas muitas encarnações.

Ela está ensopada. Conta que a água subiu quase um metro de altura. Eu lhe pergunto se é comum, na dimensão oposta da vigília, esse tipo de ocorrência. Ela me diz claramente: "Aqui não é tão diferente do lado que você reside. O seu é o papel carbono desse que é o original".

Surpreso com o que acabara de ouvir, saí a auxiliar outros residentes que se queixavam que as enchentes haviam dispersado tudo o que tinha. Era preciso começar do zero, a vida que eles receberam quando chegaram ali do outro lado da vida.

domingo, 13 de julho de 2008

A prova que eu não sei responder

Do lado dos sonhos, eu tenho a impressão que sou aluno repetente de muitas turmas. Vez por outra, vivo sonhando em sala de aula.

A desta feita era uma sala de aula sem muita iluminaçâo, onde uma professora cujo rosto não era possível distinguir de forma nenhuma, aguardava a feitura das provas pelos alunos. Curioso: na sala de aula enorme, apenas eu estava cumprindo essa tarefa.

A prova era de Geografia. Tinha apenas 5 questões. Todas muito fáceis, mas que eu não conseguia de jeito nenhum encontrar as respostas.

Quando estou pensativo sobre como responder as questões, por trás da minha carteira adentra à sala Rita de Cássia (que eu a conheço como ouvinte de rádio em nossa dimensão), de passagem, coloca-me uma folha na mão, onde estão as respostas e sai. No final da prova, a assinatura dela.

Lembro-me de tentar apagar o nome dela para colocar o meu e entregar a prova à professora mas isso é tarefa bastante dificil. Quanto mais apago, as letras reaparecem de forma quase mágica.

Acordo com a nítida imprenssão de que, no lado dos sonhos, eu deva ser aluno bem atrasadinho.

Uma grande família do outro lado da Vida

Do outro lado do rio da Vida, convivi esta madrugada com uma família interessante. Ela atua nos programas sociais da nação inteira. Trabalha diuturnamente no acesso às vítimas de toda ordem.

Seu Cícero e dona Célia compõem na dimensão do Espírito um casal tomado de extremada vocação pela feitura do Bem. Atendem a chamados de zonas purgatoriais próximas à Terra, onde almas recém saídas do corpo intermedeiam entre o sono e o despertar do novo tempo.

Hoje, por exemplo, eles estavam se preparando para sair em missão que compreendia uma zona descrita, mas que não me lembro agora. Na sacola onde estavam objetos para viagem, eu mesmo tive oportunidade de ver uma peça de vestuário antigo - como das vestimentas romanas - que me deixava encantado ao tocá-la.

Na despedida, eu me lembro ter dito que ia dar uma dica para que se fizesse uma matéria sobre eles dois, considerando que ali estava 'A Grande Família' de que fala o programa da tv brasileira.

domingo, 6 de julho de 2008

Nas ruas de luminosas pedras

Na cidade dos sonhos, por onde transito quando fora do corpo estou, há essências de luz circunavegando o ar. Nele, respiro o hálito das manhãs de outros dias, quando vestia-me um outro corpo e os lugares por onde andava sintonizavam outras ondas.

Ontem, por exemplo, atravessei ruas de pedras encantadoramente belas. Luminosas, elas refletiam uma suave emanação de paz para os caminhantes que, por sua estrada, volitavam.

Ouvi de longe, uma voz como a embalar um berço, emitindo notas de uma canção singela:

"Há esperanças no ar.
Choro de criança no céu
Gente pequenina a nascer
em busca do destino Ser

Em todo recanto ouvir
todo esse canto de paz
chegar a um novo tempo
sem mais contratempo"

No meio de tudo isso, o guia me aponta Juliana, 32 anos, que irá receber um menino que (ou aos 7 anos ou nos últimos 7 anos) deixou de ser. O pai por nascimento.

Acima das Nuvens