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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Velhas cartas... O passado, passou...


Estimada M,

Abraço-te repleto de saudades. E se volto ao teu convívio, nada mais há que possa de novo alterar-te o que já escrevera antes.

Saiba tu, que estou como devo estar. E deveriam, todas as criaturas. Marcado de paixão; algemado à saudade tua. Mas nem por isso, devo arrastar-te outra vez até a árvore onde deitamos nossos corações por entre a flecha;

tampouco gostaria de te convidar a devolver as rosas que roubei de um jardim. Elas tuas são... Não podemos mudar a face do mundo.

Somos o que somos. Nossos pensamentos, ninguém há de alterá-los. A roda dos séculos envidará esforços e nutrirá de sede e fome nossos desejos. Mas devemos permanecer, como somos. Nós mesmos...

... os felicitadores de nossa felicidade;
... os juízes de nossos julgamentos;
... os atores de nossos dramas e comédias.

Em verdade, em verdade, ninguém ousará pisar os canteiros do tempo para tentar remendar as partes do jarro. Ele se quebrou. Com isso, ansiamos por novas vestes;

clamamos por outras vozes;

mas sem que nunca, em momento nenhum, necessitemos de alterar o nosso eu... aquele mais íntimo chamado anima, que comanda a usina de nossos corações e mentes,

e onde gravadas estão as promessas nossas de eterno amor...

Se não for nesta, quem sabe... na próxima aventura chamada Vida.

seu estimado, Eu


Página encontrada no lixo da casa
do que já foi e que continua sendo

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sonhos: o da galinha que voa


O que significa a frase ouvida esta madrugada num sonho: "Sabe aquela galinha que voa? Pois não diga nada a ninguém que a viu voar..."

Velhos companheiros dos tempos de escola


Há quem considere que os amigos que encontramos na Terra são espíritos com quem compartilhamos amizades em outras paragens. Os dos tempos da escola, principalmente. Ao crescermos, eles somem. Em sua maioria, desaparecem de nossas vidas. E nunca fazemos esforço para localizá-los. Fora da vigília, isso é possível.

Hoje pela madrugada, estive num encontro desses onde muitos amigos do passado se apresentam no sonho e falam como se nunca tivessemos nos separados.

Estava numa universidade, um curso de Direito - que eu não sei explicar de onde -, ao lado de amigos que, desperto, os encontrei nas salas do velho Liceu do Ceará. Todos falavam de suas vidas hoje. A maioria formada em advocacia.

Lembro-me de Patrício, um ex-aluno do Liceu no final dos anos 60 que era muito brincalhão e com quem fazíamos manifestações contra o aumento das passagens de ônibus, nos velhos coletivos do senhor Pedreira. Ele está em algum ponto do sudeste, me dizia. Outro é o Wálter Alexandre Brasil que, me enviou um cartão dizendo que "o observado atrás do observador".

É que eu sempre pergunto aos amigos de Iguatu sobre o paradeiro dele. E uma pessoa ficou de informá-lo quando ele estivesse por aqui. No sonho, a pessoa (não era ele, era uma irmã) dizia-me que ele está na Bahia.

Velhos companheiros, com quem a gente convive na Terra e que, mesmo distanciados fisica e geograficamente, a vida não impede de encontrá-los na dimensão da Luz.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O trem das estrelas


Sonho desta noite: numa estação de trens, aguardava a chegada da condução que vinha das estrelas e nela eu devia embarcar para a Terra. Algo como se eu estivesse numa plataforma da dimensão espiritual e resolvesse voltar à matéria.

Nisso, o trem se aproxima da estação, mas ele estanca antes de chegar até a gare. Eu corro para verificar o que aconteceu e vejo o condutor (ou o maquinista) apressado dizer que não tem tempo, está apressado, é preciso chegar... Lembrou-me o coelho de Alice.

Enquanto ele adentra ao prédio da estação, noto que o trem continua em movimento e ao notar isso o maquinista corre atrás dele dizendo que, perdera a condução...

Sinceramente, eu não sei analisar o sonho.