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domingo, 18 de dezembro de 2011

SILÊNCIO, NASCEU O MENINO


Silêncio. Não façam barulho
para não acordar o menino
que nasceu.

Ele vem de páramos celestes
Morada divina onde se divisa
o bem.


Não são as buzinas, nem fogos
De artifício que inquietam
Seu sono.


São os atos transitórios da dor,
A injustiça e a miséria moral  
Dos homens; 

A dor de cada malsinado gesto
O fruto da árvore da violência,
O desamor.

Por isso, não quebrem o silêncio,
Não façam barulho, não gritem.
Silêncio.


Para que o sono do menino
Que veio iluminar o mundo
Não se extravie.


De presente, sirvamo-lo 
Nosso amor na taça de nossos
Corações.


Calo-me para que o silêncio
seja poema de luz, tal e qual
o menino.  

sábado, 17 de dezembro de 2011

Quem é esse homem chamado JESUS



Desde seu advento à Terra, o menino chamado Jesus atraiu para si a condição de resgatar as dívidas do mundo. Ser imantado de divina consciência, ainda pequeno neutralizava os presságios da dor que se abateriam ao seu redor, mesmo que sua presença no planeta houvesse sido inspirada do Alto por forças angelicais. Havia, no entanto, idéias contrárias à sua presença em nosso orbe, por ser ela significado da chegada da Luz em meio às sombras que se alojavam adedre entre os humanos.

O pequeno Emanuel é acolhido com inusitada esperança pelos que auguram um tempo novo para a Terra. Saúdam-no, principalmente, os simples do campo, enquanto vozes benditas dos páramos de Deus bendizem em preces a harmoniosa presença. Pastores da região e senhores vindos de longe encantam-se com a luminosa atmosfera da noite santa e os ares onde situado está o local do nascimento, transparecem de intensa magia. Mas nem tudo conspira em favor do menino-deus. 

Tão logo permuta o ventre santíssimo da mãe pela manjedoura alvejada de etéreos brilhos, decorando na humilde pousada onde se fez carne, as forças do mal estendem seu manto de maldades e crescem a inveja e a fúria dos dominadores desejosos de conhecer o seu primeiro endereço para lhe tributar o que não corresponderia em homenagem.

É o signatário de Roma na Judéia que, diante da busca dos magos ataviados por bons propósitos, deseja cumprir as ordens emanadas das trevas para evitar que o Bem se estabeleça e promova nos corações dos ‘homens de boa vontade’, a disciplina do Amor. Em Herodes, refugia-se o apelo íntimo da discórdia a querer dar contas das metas traçadas nas abismais profundezas, evitando que os objetivos do menino prevaleçam. Mas da fonte inspiradora do Universo, entidades celestiais comungam um enorme esforço para que o Mal não se consubstancie e plenifique o desiderato do Bem.

É José que, sob o mecanismo fenomênico do sonho, é alertado para fugir para o antigo Egito, levando com Maria o precioso tesouro que a Terra acabara de ganhar. Enquanto a vida do menino é preservada para nobres propósitos, as hordas do mal fazem acentuar o rio de sangue pelas vielas de Belém, onde almas de longínquos domicílios da dor, resgatam pela Lei de Causa e Efeito dívidas de outras vivências puerís, alcançando o direito de não mais dependerem da ceifa da Morte no mundo material.

Em terras do antigo Egito, a família consignada para domiciliar o pequeno ser na Terra, recebe orientações da dimensão espiritual. Acercam-se dela, auxiliares angélicos a transmitirem, por mediúnica via, os sinais de quando o casal poderá regressar a sua região.  Tanto Maria quanto José são medianeiros do alto e, através da vidência e audiência interelacionam as mensagens da outra dimensão.

Não é outra senão a explicação dada ao encontro do ‘enviado de Deus’ (Gabriel), que vem lhes trazer a mensagem do advento do ‘divino menino’. A José impõe-lhe a regra do silêncio, não por obra de pressão para calar algum tipo de desconfiança sobre a atitude de Maria, mas para neutralizar forças estranhas que possam interpor-se na área no caminho da sagrada família, induzindo-a a erros.  (continua...)

domingo, 11 de dezembro de 2011


mecânica ilha


Vivemos tantas vezes, os mesmos ensinamentos.
aprendemos outras tantas, as mesmas lições;
mas continuamos tateando na escuridão dos caminhos
buscando luz, quando há usinas em nós mesmos...

Com a força das palavras que nos deixaram os avatares,
poderíamos palmilhar as estradas mais insondáveis;
e revelar os muitos planos de nossa própria identidade
revitalizando o mundo e reconstruindo a própria Vida.

Mas, interesseiros e interessados apenas em consumir,
agredimos a Natureza e entesouramos quinquilharias
achando que esse lixo moderno fosse eternizar-se conosco.

Esquecemos nossa imortalidade. Nosso patrimônio, Vida.
Nossa riqueza, o Amor. Se somos ilhas perdidas neste oceano
é que lançamos fora a bússola de busca de nosso melhor porto.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CLASSIFICADO ARREGIMENTA ALMAS BENFEITORAS

Eu, viajante do astral, tomei ciência esta noite de curioso anúncio publicado num dos classificados da colônia onde uma equipe de trabalhadores, ainda enfaixado nas vestes carnais, buscava expandir noções em torno de nossa vida futura. O texto, resumidamente, dizia:
“  
Precisa-se com  urgência de almas voluntárias que possam descer à superfície da Terra, em missão das mais nobres e edificantes. O planeta passa por ingente transição em demanda a novos tempos. 


E, em meio a situações adversas, necessário se faz ação itinerante de anônimos voluntários do Bem, compromissados com a paz e que possam estabelecer nos domínios do planeta, os ensinos expressos nos currículos da evolução moral.


A terapêutica a ser empregada se pauta nas bases da pedagogia cristã, onde Amar é o verbo edificante.


Entre aqueles que manifestarem interesse em incorporar-se aos grupos de regeneradora ajuda, requisita-se desprendimento do Ser,
almagamado pela luz interior para o enfrentamento com as sombrias formas que se opõem ao estabelecimento do Reino. Elas, sem dúvida alguma, haverão de interpor-se nesse caminho.


Do currículo dessas almas benfeitoras exige-se o aprimorado das virtudes celestiais, como luminosa essência a sedimentar os frutos que advirão. 


Na escola em regime de múltiplas transformações, Cristo é o modelo maior e as bases de sua doutrina o currículo essencial para a auto-transformação do novo homem que há dois mil anos as gerações alimentam...
Interessado em saber se aquela chamada destinava-se apenas e tão somente aos requisitados para nova turma de almas que se encarnarão no orbe terreno, ouvi de um assistente a indicação de que o anúncio se destinava a todos, inclusive, a nós que ainda habitamos a carne e já temos conhecimento das iniciativas do Bem.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Um pronto-socorro de urgência no astral


Cada sonho ou desprendimento noturno significa uma viagem astral que a essência individual registra todo dia. Um bloco de anotações e uma caneta próximo ao local de descanso importam para que se guarde a lembrança da experiência. Faço isso há muito tempo. E desde que o doutor Antonio Mourão me orientou a atender a esse sistema, tenho memorizado cada detalhe impressionante das minhas 'andanças' por aí.

Hoje, estive numa unidade de saúde que, imagino, seja alguma estância espiritual. Fazia-me lembrar um posto de emergência, onde almas aflitas acorrem em busca de socorro. Uma das atendentes aconselha-me a ir a um centro de hemoterapia, como se eu fosse um doador de sangue. Mas não é sangue que elas recolhem, mas minha energia. E a transfere em diminutos canais transparentes para um banco de reserva.

Uma outra entidade chega até a jovem atendente e lhe entrega um cartão com a identificação de alguém que, pelo que pude perceber, tratava-se de um motoqueiro, 'desembrulhado das vestes carnais' por um acidente. Há uma identificação, mas não consigo de forma alguma captar o nome da pessoa. A 'enfermeira' diz que, apesar de todo esforço do grupo, o motoqueiro não conseguiu permanecer 'na linha e, por isso, fora desconectado do corpo'. Acordei para escrever o desprendimento e tentar entender com o transcorrer do domingo.