Arquivo do blog

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Ciência do eu que a ayahuasca revela


Escrevo (do meu celular) da cama, onde acabei de acordar, para narrar um sonho que tive ainda há pouco. Nele, uma profunda lição de espiritualidade.

Encontrava-me numa sala de aula. Um professor falava sobre a proposta das religiões de mediar a relação entre os mundos físico e espiritual. O famoso religare de que se conceitua a própria expressão religião. Os alunos atentos, acompanhamos a dissertação do mestre em torno de um mecanismo utilizado por fieis ao tomarem o chá 'ayhuasca', conhecido no Brasil como o chá do Santo Daime.

Aproveito para corrigir uma citação do mestre relacionada, mais precisamente à  questão de que o chá teria tão somente efeitos alucinógenos e só era utilizado por pessoas ignorantes.

Professor, interrompo-lhe a narrativa, "deve estar havendo um pequeno equívoco".

Conto-lhe então, com experiência de quem já foi membro da UDV-União do Vegetal e com passagens pelo Santo Daime, que ali não se processa nada mais que o cumprimento da expressão máxima do 'religare'. E pessoas de formação acadêmica - como professores, médicos, economistas, empresários, jornalistas - participam.

- A Ciência já define a existencia de uma dimensão suprareal. Muito embora avançados em termos desse conhecimento, ainda estamos muito distantes de compreender as relações que unem os mecanismos de como isso funciona.

E apontando para a porta de um móvel, que venho a descobrir é a porta do meu guarda-roupa  - na verdade, noto para minha surpresa que estou dentro do meu próprio quarto  -, digo que nem é uma experiência alucinógena, a de fazer uso da ayhuasca, nem tampouco é algo que esteja ligado a ignorância religiosa, como entendi ele dissertar.

- O conhecimento humano é ainda tão insípido que, por isso mesmo, ainda é eivado de enganos. O chá é um portal para a Luz da sabedoria humana. Ela fortalece os laços da dimensionalidade extra corpórea. Nos permite acesso ao interior de nosso eu mais profundo, sendo a chave que elimina as barreiras sensoriais de nosso contato com o "Reino" de que falava o Cristo.

"A ciência da alma é uma realidade; contudo ainda não detemos cientistas da alma, capazes de largar suas idiossincrasias pessoais  e abraçar o conhecimento do eu de que falavam os gregos.

Dito isso, fui me acordando e lembrando-me da revelação em toda sua extensão.