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De Nonato Albuquerque
De Nonato Albuquerque
Eu trago em
mim a dor de tanta gente
Deportada que foi em
vagões para o Leste,
Fosse da
França ocupada por nazistas,
Ou da Eslováquia
pagando vil bagatela.
Eu trago o
grito de dor dos meus amados
Subtraindo a
vida em guetos e nos campos
Onde o zyklon
B abafava todos os gemidos
nas fábricas
da morte montadas na Polônia.
Eu trago a
alma manchada de medo e ódio
Dos vermes que roubaram nossas famílias
Para Treblinka, Auschwitz, Dachau e Sobibor.
Para Treblinka, Auschwitz, Dachau e Sobibor.
Trago,
porém, a coragem dos resistentes,
Cujos filhos
e netos florescem em campos
Alimentando a
Vida que eles nos negaram.