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terça-feira, 29 de abril de 2014

Mães 'full time'

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Ainda existem mães full time?

Aquelas que acordam no meio da noite, 

entre enfados e choros de seus filhos?

As que só vivem para casa, 

as que nem dormem sossegadas, 

e vivem a bancar amas secas até dos adultos?

Dizem que, domingo segundo de maio, 

é o dia santo delas. Coitadas! 

Quando  já crescidos, esses filhos retornam 

e, nesse dia, inventam de homenageá-las.

As mães morrem de trabalhar no domingo!


Preparam a comida do gosto dos filhos, 

porque eles voltaram com suas mulheres a colo, 


com os filhos, os netos das mães (pre)ocupadas

em agradar a todos porque coração de mãe 

é coração de mãe...

Quem é arruma a casa cedo, varre, espana, 

deixa tudo brilhando para quando eles chegarem?

Quem prepara a melhor comida? 

Quem serve a todos na hora do almoço 

e é a última a sentar-se à mesa?

- É a mãe! É a mãe! respondem todos.

E na hora da festa, os filhos e os netos lhe pregam peças, 

lhe trazem presentes de 1,99, 

comprados no Beco da Poeira, 

encaixotam em embrulhos vistosos,

e quando elas abrem - ouve-se a voz das mães dizerem: 

- Menino, não precisava gastar tanto... 

As mães full time nunca deixam de tratar os filhos

como meninos; porque as mães full time

nunca permitem que seus filhos cresçam. 

Querem que eles sejam sempre crianças

para que o coração de mãe, deles nunca se perca...  

domingo, 20 de abril de 2014

A Quarta Academia

Em alguma parte da erraticidade existe uma colônia de abrigo chamada ‘Quarta Academia’. Por ela transitam almas que migraram da Terra após uma experiência corpórea ligadas ao pragmatismo, baseando-se única e exclusivamente nos ditames Ciência e, por convicção pessoal, se distanciaram dos postulados do amor, da benemerência e da caridade – o ABC que, verdadeiramente, promulga os corações mais elevados .

Nessa colônia, embora cônscios do saber científico, antigos experimentadores da Ciência elegeram a produção do mal no exercício de suas atividades profissionais. Os que lançaram mão de projetos destruidores; os que narcotizaram indivíduos com suas poções venenosas; os que aplicaram métodos mortíferos na degradação da raça; os que lucraram com a eutanásia e o aborto; os que estimularam equivocados à prática do suicídio e os que, por desacreditarem na divina ciência do Bem, simplesmente se desviaram desse caminho, levados pela ganância do Ter.

Na ‘Quarta Academia’ são ministradas palestras de orientação cósmica no sentido de que esses seres possam ser informados da sua nova realidade, já que muitos, simplesmente, não têm a menor consciência da mudança de dimensão. 
Com a morte física, muitos são os que permanecem atrelados às suas idiossincrasias, convictos de que continuam a exercer atividade na matéria, embora se surpreendam com as dificuldades que, inopinadamente, surgem na área da comunicação com a família e os amigos e da estranha maneira como todos passaram a reagir com ele. 

Numa dessas aulas experimentais, um mestre ascensionado dirigia a palavra aos presentes e lembrava-lhes da importância da informação. Lembrava do eminente grego que, em vida, indicava aos seus discípulos que “aprender é recordar”, referindo-se, evidentemente, à crença das vidas múltiplas disseminada entre a sua civilização. 
A cada existência, pois, acumulamos conhecimentos muitos que, depois de mortos, ficam anexados nos arquivos da alma - e que Freud iria se referir como sendo os arquétipos. Em futuras vivências na Terra, cada um busca reavivar essas informações, de acordo com o interesse pessoal. 

A metodologia empregada na Quarta Academia não faz imposição a nenhuma crença religiosa aos egressos da Terra; busca lhes informar sobre o conhecimento que, por vontade própria, eles rejeitaram e que é necessário para a convivência na nova realidade espiritual.

Muitos dos que exerceram atividades proeminentes na seara terrena, vão aos poucos sendo sensibilizados para algumas verdades que são princípios vitais na dimensão do espírito. De acordo com o interesse, esses novos alunos vão adotando uma nova postura com relação às práticas mais simples da ciência da paz, do amor e da benemerência, esses sim, elementos indispensáveis para se nutrir da energia que fortalece os seres na longa jornada através das novas experiências que, porventura, devam cumular na matéria.

Visões a partir de um sonho 20.4.14

sexta-feira, 11 de abril de 2014

aos políticos

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Esses homens todos aclamados 
não valem os tolos, acamados 
que se embriagam 
de fumaça e pó 

Essa gente descrente, absoluta
por quem vive essa gente, por quem luta
se a vida de todos 
é pequena e só?

No caminho do caminho que faço,
sou o mel de engenho e sou o bagaço
mas não o que essa gente transparece

Quando amanhã no amanhã eu for embora, 
vou deixar o meu nome como agora, 
na lembrança de quem já não me esquece.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A COR DO ACORDE DA VIDA




A cor 
do acorde da manhã, 
acorda a côrte, cortesã
deixa a luz do sol entrar e vê

o Amor 
que amortece a dor que faz 
adormecer toda a paz 
que pacifica meu verso ser 

No mar da vida 
onde eu busco achar meu cais 
meu barco é leve, 
leva e ele trás 
notícias de meu bem querer 

E ao fim do dia 
quando o corpo meu não mais rimar 
remar eu vou pr´outro lugar 
e em novo acorde, amanhecer. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

A MINHA PRIMEIRA DÍVIDA DA PRÓXIMA EXISTÊNCIA


Uma ligação da filha de Ady, me dá conta de que ela está bem abatidinha e que seria de bom grado que eu a visitasse. Ady Barbosa Saraiva é uma figura incrível, que a conheci nas palestras espíritas.

Dona de uma envolvente energia, sublimada por um sorriso constante no rosto que guardava ainda sinais da beleza do passado. 

Cada vez que eu ia à Sociedade Espírita de Fortaleza, onde consagrava seu tempo de estudos religiosos e de prestação de serviços, ela me pedia para encerrar a palestra cantando alguma das minhas músicas. Uma delas, eu entoei hoje à beira da cama hospitalar em seu apartameto, na cobertura da José Vilar, 1590. 

"Eu já fui pedra nesses caminhos do mundo
fui verdes pastos, 
sombra e alimento a tantas bocas;
Tempos depois eu fui um peixe 
nadando em muitas águas 
e quando o sol sumiu nos montes 
amanheci um pássaro. 
E só então, depois de muitas eras
eu fui um índio que conheceu a Natureza
até que hoje reeencarnado 
eu sou um bicho-homem. 

Agora eu sigo procurando 
a etapa do Universo 
em que essas vidas todas, tantas, 
vão se dar num anjo
Um anjo de luz..."

É a história da Humana Idade e um pouco, também, da crença que eu e Ady temos da eternidade da alma. Quando ela for - e não precisa ser agora - eu já tenho consciência de minha primeira dívida na próxima vida. Vamos estar juntos. Para cumprir o ideal de um projeto em benefício de muitas almas, que essa existência não nos deixou atender. 

Almas eternas que somos, amanhã seremos.