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sábado, 6 de setembro de 2014

A CEIFADORA



A Morte foi incumbida de conduzir alguém
Cuja saúde do corpo, já andava à sua beira.
Deram-lhe o endereço. Bateu à porta, sem
Que ninguém abrisse, ficou ali de esgueira.

Como o tempo passasse, resolveu então
Pedir informações na casa da vizinha.
Uma idosa veio atendê-la e diante da visão
Da mulher com a ceifa, caiu ali durinha.

A morte, cumpridora do dever, agradeceu
Aquela ajuda, embora não fosse sua hora
Recomendada, não viajaria assim a esmo.

Disse-lhe: “Não eras tu, mas um vizinho teu;
como ele não abriu a porta, vai a senhora.
Comigo é assim: se não tem tu, vai tu mesmo”.