Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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domingo, 8 de fevereiro de 2015
VIDAS TRANSITÓRIAS
Um dia, quando eu deixar a terrena presença
Não alimente sua dor com ais de sofrimento,
Pois vivo estarei, assim como neste momento
Eu sou. Não limite outra que não essa crença.
Todos somos passageiros com alguma licença
De elevar nessa vida corpórea um sentimento:
Há quem o chame de amor, esse doce alimento
Há quem o diga ser paz essa terna querença.
Chorar porquê se, logo logo, todos estaremos
Juntos na dimensão da Luz que nos aguarda
para cumprir o destino das vidas transitórias
Agradecer sim, é o que todos nós devemos
Na hora de alcançar essa outra mansarda
Onde nos reuniremos para somar as vitórias.
® Nonato Albuquerque
sábado, 7 de fevereiro de 2015
O LADO B DA VIDA
Saí, porque estava em tempo,
andava tonto
Pensar que esperava um século, não deu...
Voltei.
Tomei um tanto. Vomitei outro.
Falei muito géri-géri
“Pra rever os amigos que um dia, eu deixei”
Atrás de mim,
rastros de poeira nas estradas
‘Por onde quer que eu vá, sei que vou sozinho”
Pra onde vai esse povo
que parece um zumbi?
Eu hein?
Dá uma olhada se eu morri direito.
No lado B da vida,
é tudo uma mesma coisa
A gente ama. Bebe. Sofre...
e, dizem, até se morre
Pra conseguir um crachá de volta ao lado A
Nascer de novo, por aí, segundo Buda
É preciso não ser bundão
e ter, pelo menos, alguns bônus...
Eu como quem não quer querendo,
acredito!
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Aprendizados
Há uns quatro séculos, eu já sabia ser a cor da pele
Algo não tão importante quanto a pureza da alma;
Se hoje uns poucos pensam o que a maioria repele
É que não aprenderam essa lição nos tiram a calma.
Há uns três séculos, aprendi que a amiga dor expele
a soma dos nossos erros que marca na mão a palma.
O aprendizado de ontem, forçosamente impele
A sermos seguros como o barqueiro à sua xalma
Há dois séculos estive ao lado de revolucionários
Que se insurgiram contra todos os preconceitos
E fomentaram na Terra, o ideal inspirado da Luz
Se há menos de um século, existem os refratários
É que as gerações mudam, mas não os preceitos
Ditados aos discípulos pelo bondoso mestre Jesus
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