À LORCA, A QUEM AMO
Nonato Albuquerque
As devotas mulheres de luto
pareciam orquestrar uma sinfonia de silêncio, por onde se filtravam, na espessa luz do dia, raios de sol por entre as crinas dos cavalos.
No obituário desse campo,
lembranças. Uma expressão vazia de tristeza, por entre os véus negros que anulavam aos olhos dos passantes, a verdadeira face de quem chora.
Um mocho pia numa tumba próxima.
Um grito escapa de uma buzina atordoada. Badaladas do sino encomendam um anjo
que é transportado num caixão de azul celeste.
Almas destemperadas de vida alguma sonumbáticas formas de revelar o passado
Que eu vivi em minha Acopiara, muito antes
de sair para o mundo e só viver saudades
Nonato Albuquerque
As devotas mulheres de luto
pareciam orquestrar uma sinfonia de silêncio, por onde se filtravam, na espessa luz do dia, raios de sol por entre as crinas dos cavalos.
No obituário desse campo,
lembranças. Uma expressão vazia de tristeza, por entre os véus negros que anulavam aos olhos dos passantes, a verdadeira face de quem chora.
Um mocho pia numa tumba próxima.
Um grito escapa de uma buzina atordoada. Badaladas do sino encomendam um anjo
que é transportado num caixão de azul celeste.
Almas destemperadas de vida alguma sonumbáticas formas de revelar o passado
Que eu vivi em minha Acopiara, muito antes
de sair para o mundo e só viver saudades