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sábado, 22 de junho de 2019

Vive em mim a alma pura de tantos poetas
que não se cansam do verso, nem da rima
Passaram séculos, para baixo e para cima
marcados como se fossem velhos profetas

Vive em mim o delírio de alguns exegetas
que beberam nas fontes e mudaram o clima
amantes das dores que o mundo lastima
Por desnudarem as ideias mais secretas.

Vive em mim isso tudo que chamo sagrado,
por ser de outro plano que não se nivela
ao esforço comum que se aplica na Terra.

Fazer verso do ontem, mas não antiquado
Até quando lhe inspire essa musa donzela
A cobrar vidas que essa outra vida encerra.