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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

alfarrábios meus : a luz do mundo

nonato albuquerque


Nos ensolarados caminhos de Jericó,
um homem havia
que deixava na areia luminosos rastros
como se fossem setas, a indicar a direção da grande energia.
De sua voz maravilhosa,
dardos luminescentes jorravam.
E percorriam o ar como se flamejantes flechas
buscassem orientar, também, o real sentido das estrelas.
O seu olhar trespassava os objetos,
as coisas e as pessoas;
e fundia-se no azul de outra celestial virtude
como a buscar sintonizar valores dos mais altos páramos.
Nos dias de folga - se é que eles haviam -
esse homem descansava
movimentando as águas mornas que do Jordão corriam
para outras águas ainda mais distantes e cristalinas.
Das redes que os discÍpulos arremessavam, cardumes
de piscosas energias agitavam os pescadores
E os conduziam de volta à companhia de suas amantíssimas mulheres.
O mundo por ali, se concentrava
e o romano poder se definia
para historiar o mais belo de todos os cânticos
e que amanhece hoje em dia
grafado em vivas páginas de luz.