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domingo, 20 de outubro de 2019

Cum Dederit



Há uma estrofe na peça musical "Cum Dederit", de Antonio Lucio Vivaldi, que fala quando o sono da morte cai sobre um filho, Deus recompensa a família com frutos no ventre materno.

A música fala da misericórdia e da bondade do Senhor em magnificar a Vida com a transmutação de almas entre a matéria e a dimensão do espírito.

Nunca somos abandonados pelo Alto. Principalmente quando nos sentimos ligados a ele, pelos laços fluídicos do pensamento positivo e das boas obras.

Deus não nos abandona; nós é que damos as costas à sua justíssima lei do amor. Que, ao contrário, do que se dizia no passado de que Deus castiga os servos desobedientes e os lança nas profundezas do inferno, essa não é a verdade honesta dos escritos sagrados. Eles foram alterados por copistas mais atentos às suas idiossincrasias religiosas, marcadas por conteúdo personalistico e não do que fora plasmado do divino.

Cada ser é um universo individual a somar-se ao coletivo dos homens e mulheres que assumem essa corporificação, no afã de entesourar conhecimento em favor de si e do mundo.

Quando deixarmos de terceirizar as responsabilidades que só a nós compete e assumirmos de vez os riscos de nossos atos, deixaremos de invocar aos céus os porquês de porque nos fizeram isso; porquê nos enviaram tal provação, retirando de Deus a culpa pelo que somos e pelos que fazemos.

Deus é pai. E pai pra toda obra. E Ele, certamente, não deseja de nós senão a evolução no caminho que nós mesmos elegemos.