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quinta-feira, 23 de abril de 2020

LUCIANO, pai e filho 24.04.2020


Não se abata diante da mudança
que alguém de tua amizade, hoje faça.
Requisita em preces que a bonança
divina se prevaleça com toda sua graça.

Essa tem sido a história que traça
a humanidade com toda a punjança.
Sê firme na crença que se abraça
De que se vive além do que a vista alcança

É um novo tempo que se firma agora
Ao espírito que lidou no magistério
como senhor de si nas tarefas de ensino

E, com certeza, quando chegada a hora
de avaliar esse tempo novo de mistério
Será grato a quem te amou desde menino.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

PÔ, POESIA

PÔ, POESIA!
Aos políticos

Esses homens todos aclamados
não valem os tolos, acamados
que se embriagam
de fumaça e pó

Essa gente descrente, absoluta
por quem vive essa gente, por quem luta
se a vida de todos
é pequena e só?

No caminho do caminho que faço,
sou o mel de engenho e sou o bagaço
mas não o que essa gente transparece

Quando amanhã no amanhã eu for embora,
vou deixar o meu nome como agora,
na lembrança de quem já não me esquece.

sábado, 4 de abril de 2020

MAR DE LUZ


A nau da minha vida singrou por outros mares,
Depois que d´outra praia, eu vi meu corpo inerte;
que amigos da Astronomia, em gestos singulares
rogaram a que eu artista, de novo assim desperte

Dos astros navegante fui. Vislumbrei mil olhares
de moçoilas retratadas em busca de algum flerte.
Mas era só pra amada meus versos, meus quedares 
vívida vida vivida por mim com ar mais solerte 


ah! porto mais seguro é a morte quando cruza
o final da vida breve, que em anos se degrada
e que põe em risco a existência que flagela.

Quisera ainda viver e responder a quem acusa
de ser a vida única. É não! Existe outra enseada
onde o mar de Luz não conhece nem procela.  



Inspirado em Otacílio Colares
dia 5 de abril de 2020 

Pelas mãos da Ciência


Há quanto tempo, não se chorava com imagens
como as que assistimos nas horas mais sofridas.
Milhares de chineses em silenciosas homenagens
aos que tiveram as vidas de seu povo interrompidas.

As dores minhas são as dores de outras paragens,
por conta do vírus que deixa cidades destruídas.
Que matam idosos, sustam o comércio e as viagens
Afeta pessoas, entre as que são ricas e as desprovidas

O mundo nunca passou por algo igual. Semelhante
apenas às eras da peste negra e a gripe espanhola,
quando muitos pereceram por falta de assistência.

Hoje, com tudo globalizado, se torna importante
fugir do abraço, do beijo. Não ir à rua, nem a escola
Rezar pela salvação que venha pelas mãos da Ciência