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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um lugar para se nutrir de energias no ano novo

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O mar,
esse mar que Caimmy rendeu-se e deu vestimenta à sua poesia;
esse mar que Camões agrilhoou-o em suas odes eternas; 
o mar que em Pessoa se fez nau e navegante,
esse mesmo mar -
é para onde eu vou
a cada passagem de ano. 

Andar sozinho, vagueando pela noite a dentro, 
enquanto longe os fogos artificalizam a chegada do novo ano, 
eu vou confessando a ele meus desejos, 
ouvindo dele, os murmúrios. 
Murmúrios do mar... 
As energias que as ondas trazem 
batem com a minha expectativa de um novo tempo.
E delas eu me fortaleço
porque o mar é senhor da Terra;
porque das águas ele se faz
dos rios, ele se nutre
e reparte com aqueles que o conseguem entender
que nenhum outro local do mundo 
é lugar melhor para se refugiar na últim noite do ano
e ficar dedilhando uma canção ao vento,
cantarolando um verso, inventado na hora,
dinamitando os pensamentos maus 
e lançando nas ondas do mar
o que o mar da Vida nos trouxe 
e que não merece ficarm em nós. 
É no mar que desato os nós com que o Tempo me acorrenta. 
Na manhã do primeiro dia do ano, quem primeiro vai me ver 
será o mar. 
O mar... 
Que eu amo por amar... o mar.