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terça-feira, 29 de novembro de 2022

AUTO AJUDA


Depois de anos lendo livros de auto-ajuda, participando de cursos de aperfeiçoamento e sendo motivado pelo ensino moral das religiões sérias, a gente se indaga se tudo isso mudou alguma coisa em nós. Mudou, certamente que sim. Afinal são motivadoras as palestras em torno de temas edificantes. Válidas são as boas leituras que buscam nossa evolução. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena, já dizia Fernando Pessoa. Negativistas de plantão vão nos contrariar, dizendo que isso favoreceu mais à chamada indústria do autoaperfeiçoamento que lucrou rios de dinheiro.  Mas o oceano de luz que palavras, conselhos, e ações em favor do bem nos deram, modelaram para melhor a nossa alma ainda brutalizada pela ignorância. Mudamos. Somos muito melhores hoje, do que fomos ontem. É a destinação nossa de futuro. PENSE NISSO. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

SONETO À SANTA TERESA D´AVILA de Nonato Albuquerque

Ó iluminado Senhor, de todos os astros,

a quem ouso falar com tal intimidade,

não esqueçais de prover nossa humanidade 

com o sinal de vossos luminosos rastros.

 

Acesa está em nós, essa santa verdade; 

vossa flama içada em nossos tantos mastros 

merece ser lembrada em cada um dos claustros 

onde em orações tecemos a espiritualidade. 

 

Mas se, porventura, de vós nos ausentarmos 

não morra nunca em nós, essa bendita crença.

Preciso é pois se ater a tão sagrada obra.

  

Para no amor com todos reencontrarmos, 

a ciência da paz, paciência, na presença 

de Pai, que amor nos dá e só amor nos cobra 


Ò ILUMINADO SENHOR DE TODOS OS ASTROS
de Nonato Albuquerque
dedicado a Santa Teresa D´Avila
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

A MALDIÇÃO DO ÁLCOOL

ESCRITOS MEUS
a maldição do álcool



Na vida, tudo tem um preço. Para o bem ou para o mal, é que as coisas se destinam. A maldição do álcool é um exemplo.
Conta-se que aos tempos de Jesus, quando o Cristo retornava do deserto, coube-lhe atravessar no caminho para Samaria, um extenso canavial a derramar verde por grande faixa cultivada.
Nele, o mestre recolhera-se, para readquirir as forças, depois do combate intenso travado espiritualmente durante a quarentena de aperfeiçoamento.
Quais espadas defensoras, os talos da cana serviram como muralhas a proteger a divina presença do assédio do espírito tresloucado que o tentara por 40 dias e 40 noites.
Ao deixar o local, o mestre abençoara a plantação e, agradecido, prometera que todos os que sorvessem de seu fruto, teriam medicamentoso e dulcíssimo mel.
O diabo, porém, que tenta os de bom ânimo e de prática virtuosa, não satisfeito por ter sido logrado pela ajuda do canavial, amaldiçoou aquela cultura agrícola. Anunciou que o sumo dela serviria, não para o engrandecimento, mas para degradar os que dela fizessem uso, levando-os ao desespero e à morte.
É por isso que se costuma dizer que da cana que favorece o mel e o açúcar, também provém a água ardente que contamina as pessoas e as mantém algemadas à dor e ao sofrimento.
(A partir de uma citação de Hélder Mesquita)

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

OS CURRAIS DA MORTE

ESCRITOS MEUS

Currais da morte (A Francisco Carvalho, in memoriam)

o canto de minha poesia, reside hoje em dia
na tradução mais legítima do presente.
Não cheira o álacre dos currais de gado
tampouco versa nas rimas dos aboios.
Adulta, ela se alimenta do hálito das nuvens,
Embriaga-se na brisa das crinas dos cavalos.
Longe das lambanças que, nos engenhos,
eu repuxava das gamelas o alfinim em fios.
Minha poesia desse tempo busca as rimas
Que tanto reclamei em noturnas temporadas
Quando só, primaverizava lúdicos sonhos.
Hoje, ela sobrevive da essência da saudade
E nessa dimensão busca recriar em fatias de luz
A alma que ganhei ao transpor os currais da morte.
Nenhuma descrição de foto disponível.

Perpetua Souza
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VIDA PASSAGEIRA; O CORPO, SEU TRANSPORTE

ESCRITOS MEUS,

Nonato Albuquerque

vida passageira, o corpo, seu transporte

Faltavam só algumas notas,

para que a sinfonia inacabada, assim não fosse.

Alguns minutos apenas,

para que a poção de Romeu efeito não tivesse.

Para que o trem fora dos trilhos, não saltasse

a vida de Camilo e Castelo aqui vivesse.

Se James não perdesse o controle do carro

o mito Dean não se faria assim tão trágico.

Faltou uma palavra a Alfonsina para evitar

que ela se lançasse ao mar como rede de pesca.

Um grito de alerta ao soldado desconhecido

para evitar o petardo explodindo aos seus pés.

Uma mão corajosa para assinar o fim de Hitler,

ao invés do sacrifício de tantos povos na Europa.

Faltou coragem a Pilatos que, ao lavar as mãos,

não sujasse seu nome para todos os séculos...

Nos falta entender o que Deus quis dizer a todos nós

quando colocou o Super-Homem cadeirante.

Eu sei que tudo que sei, nada consegue explicar,

porque também nos faltam notas, minutos, palavras,

alertas, coragem e, principalmente, entendimento

de que a Vida é passageira; o corpo, seu transporte.