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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

MEUS ESCRITOS: AS OUTRAS BEM AVENTURANÇAS

 AS OUTRAS BEM-AVENTURANÇAS

texto de Nonato Albuquerque

Bem aventurados, os homens de poucas letras e de muito saber em quem a Natureza expõe toda a sua maestria.
Bem aventurados, os sem esperança mas que acham motivos
para derramar nos outros as chances de um tempo melhor.
Bem aventurados, os que navegam pela Terra sem bússola, sem rumo e conseguem auxiliar numa rua, a travessia dos sem memória.
Bem aventurados, os profetas que anunciam chuva e inverno
e mesmo que lhe dêem as costas, sua ciência é verdade exata.
Bem aventurados, os que se acham solitários por sobre o planeta, mas abrigam em si o conhecimento de que somos uma só família.
Bem aventurados os homens e mulheres de idéias luminosas
cujo facho de luz se projeta em favor não de si mas dos outros.
Bem aventurados, os que amam e embora não haja reciprocidade, magnificam a Vida com sua luminosa presença de paz...
Bem aventurados, todos e todas que auxiliam os deserdados do bem ainda que nem considerem ser possuidores dessa sagrada virtude.
Bem aventurados, sejam todos e todas!

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ESCRITOS MEUS. A Maldiçao do álcool


ESCRITOS MEUS
a maldição do álcool

Na vida, tudo tem um preço. Para o bem ou para o mal, é que as coisas se destinam. A maldição do álcool é um exemplo.

Conta-se que aos tempos de Jesus, quando o Cristo retornava do deserto, coube-lhe atravessar no caminho para Samaria, um extenso canavial a derramar verde por grande faixa cultivada.

Nele, o mestre recolhera-se, para readquirir as forças, depois do combate intenso travado espiritualmente durante a quarentena de aperfeiçoamento.

Quais espadas defensoras, os talos da cana serviram como muralhas a proteger a divina presença do assédio do espírito tresloucado que o tentara por 40 dias e 40 noites.

Ao deixar o local, o mestre abençoara a plantação e, agradecido, prometera que todos os que sorvessem de seu fruto, teriam medicamentoso e dulcíssimo mel.

O diabo, porém, que tenta os de bom ânimo e de prática virtuosa, não satisfeito por ter sido logrado pela ajuda do canavial, amaldiçoou aquela cultura agrícola. Anunciou que o sumo dela serviria, não para o engrandecimento, mas para degradar os que dela fizessem uso, levando-os ao desespero e à morte.

É por isso que se costuma dizer que da cana que favorece o mel e o açúcar, também provém a água ardente que contamina as pessoas e as mantém algemadas à dor e ao sofrimento.


(A partir de uma citação de Hélder Mesquita)