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sexta-feira, 27 de julho de 2018

EM MEIO A ESPÍRITOS LOUCOS (Nonato Albuquerque)

A bula do remédio, informação não dava; 
mas sem ligar a reação que isso provoque,
bebi por inteiro a dose que eu buscava 
para alívio da dor, até sentir um choque. 

Primeiro sintoma da reação, um baque forte.
Vista turva. A voz emudecida. E eu caído ao chão.
Entontecido, sem forças para vencer a morte
que já agarrava com firmeza a minha mão.

A família apavorada corre em meu socorro. 
Grita meu nome. Reclama por Deus ajuda.
E tudo mais some de minha vista aos poucos 

enquanto grito, "ajudem-me senão eu morro",
o cenário onde estava completamente muda.
E eu amanheci desperto entre espíritos loucos 

domingo, 22 de julho de 2018

P de poesia DIA DE SÃO NUNCA


DIA DE SÃO NUNCA
Se um dia, eu tiver que perder
que eu ganhe experiência suficiente 
para não desequilibrar-me; 
Se tiver, por acaso, de chorar,
que seja de alegria para festejar, 
acima de tudo, a vida plena. 
Se um dia, qualquer que seja ele, 
eu tiver que morrer, que seja de rir,
para que todos, à minha volta, 
possam, também, imitar meu gesto. 
A muitos poucos, eu me revelo.
A uma só pessoa eu me exponho. 
Se um dia, eu tiver que deixar de ser, 
Que seja no de são nunca, esse dia.

(nonato albuquerque)

terça-feira, 10 de julho de 2018

Quem roubou, não roube mais


No sertão onde nascemos
Em meio a crises e agruras
Muitas dores só vencemos
Com ajuda das criaturas

Seguindo o alerta e o aviso
Do nosso bom Padim Ciço
De alcançar o paraíso
Com todo bom compromisso

Nos sermões, ele ensinava 
A sermos fieis a Cristo
Com o fim de acharmos paz 

Padre Cícero até pregava
"Roubou? Não faca mais isto
Senão vai pro satanás"