PELAS MÃOS DA CIÊNCIA
Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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quinta-feira, 8 de abril de 2021
PELAS MÃOS DA CIÊNCIA
quarta-feira, 7 de abril de 2021
segunda-feira, 5 de abril de 2021
ENFIM, NÓS
Enfim, nós
separados
depois de uma vida boa
aqui a sós
quando já não me sinto mais Pessoa.
Enfim, sós
amanhecido em
outros novos planos,
com os nós
da carne desatados após tantos anos.
Somos, enfim
O que éramos
quando assim
já fomos
um pedaço de
mim
ficou em ti como nós dois
supomos.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
ALMA VERTICALIZADA NO INFINITO
ODE A LAURO RUIZ DE ANDRADE
Na vida, minha luta constante
foi para que na hora da morte
meu corpo fosse num instante
plantado em pé, em alto porte
No fim, ao tentar o passaporte
para a vida eterna e triunfante
Nem como cobaia tive a sorte
De ser no projeto, executante
A vida de todos é a passagem
que o ‘pessach’ judeu lembra
na fuga desse povo do Egito.
Na morte, me tornei visagem.
Liberta, a alma se desmembra
a verticalizar-se no infinito
Próximo dia completa 110 anos do poeta Lauro César Ruiz de Andrade, escritor e colaborador de O Povo e que defendeu a ideia de um cemitério ecológico, onde os corpos seriam enterrados na vertical, plantando sementes de árvores que teriam o nome do ausente.