Exijo de
quem me leva na zombaria infame
Se vivo
pelas ruas é que não tem mais jeito
De me ajustar, por mais que alguém reclame.
Nasci de pai
e mãe, como a qualquer sujeito
Mas o
destino me impôs todo esse vexame
Sou andarilho
do mundo, não sou perfeito
Não sou
mental, posso provar com exame.
Se todos me
batem as portas, a isso eu avalio
Seja por
desconhecerem minha essência pura
Pois nasci
do mesmo Deus de todo mundo
Na vida me
vejo como se eu fosse um rio
Que corre ao
mar que todo mundo augura
E sei que
vou chegar a qualquer segundo.