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domingo, 8 de novembro de 2009

Viagem numa cápsula em busca de uma semente de luz


Ontem à noite, vaguei pelos páramos celestiais, numa cápsula esverdeada que me levou a um determinado ponto do cosmos onde eu já deva ter ido. Encontrei pessoas serenas, tranquilizadas pela bonomia do tempo e pelas experiências de outra vida, e li em cada rosto um conforto e uma esperança incrustados.

Logo próximo ao parque, por onde crianças volitavam em torno de animais que eu nunca imaginei existir, encontrei meu último pai terreno. Estava tranquilo e de seu sorriso pude perceber que, aliviado de todas as recentes dores.

Sem nenhum esforço para articular palavras, conversamos telepaticamente e, incrível!, eu entendia tudo o que os seus lábios não deixavam exteriorizar.

Entreguei-lhe um pequeno envelope branco, de onde ele retirou um cartão. Vira os dois lados e me pede que escreva alguma coisa. E com o dedo polegar direito, faço de conta que é uma caneta, de onde saem reluzentes letras como sementes de luz que traduzo agora claramente.

"Parabéns, pai. Paz e Bem, sempre." E assinava meu nome, notando que o P de parabéns era idêntico a quando faço na vigília, rebuscado e bonito.

Acordei, certo de que meu pai recebera a minha singela homenagem pela passagem de seu aniversário que foi em setembro.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Notícias do mundo de lá


O outro lado é consequência deste? Ou vice-versa? Falo em relação as atividades que encetamos na dimensão da Luz.

Ocupado em apresentar um jornal na emissora onde estava, estabeleço contato com amiga Marlene Teixeira. Peço que ela em eenvie um boletim sobre notícias do mundo de lá.

Na verdade, descubro que estou no trabalho de todo dia quando saio da vigília. Depois que retornei ao corpo, descubro que o realismo das cenas que vivi.

Marlene entra com o boletim. E o que ela ler é. simplesmente, uma crônica - como ela gostava de fazer nos tempos de rádio em Iguatu. Faz uma homenagem a uma senhora de sobrenome Montenegro, que eu não consigo me lembrar o primeiro nome de jeito nenhum.

Fala da importância dela na formação de pessoas na região centro-sul e que ela continua a atuar na dimensão da Luz.

No 'sonho' fico intranquilo porque o tempo está se esgotando e não vai ser possível ouvir todo o relato. O som da mesa do estúdio vai se elevando e a voz de Marlene some.

domingo, 9 de agosto de 2009

Um pouco de mim para quem guardo no peito


Passei o dia pensando no dia que os pais ganham para lembrança maior dos filhos. E me deu uma saudade danada do velho e bom Mário, que há menos de dois meses se mudou de anima e bagagem para a dimensão do espírito.

Não que eu goste desses eventos inventados à troco de gastos, para aquecer as vendas dos lojistas e atear ainda mais fogo na febre consumista que nos ataca. Sou mais de lembrar pai e mãe, no dia-a-dia que a gente vive e sofre, buscando o entendimento do grupo familiar.

Mas me lembrei de você, seu Mário - no passeio com o Greg, na quadra de esportes quando me sentei olhando o não sei o quê, descobrindo um pouco de vazio em mim - vazio que é de você.

Sei que fora da vigília, certamente, a gente deve ter se encontrado por aí, abençoado um ao outro, chamando-nos de pai cada um de nós e lembrando que saudade foi feita pra se sentir e do lado esquerdo do peito, voce ocupa um lugar sagrado que todos os dias comungo uma conversa com você.

Paz e Bem, velho...

domingo, 5 de julho de 2009

Música: Não Tenho Medo da Morte - Gilberto Gil




"
Não tenho medo da morte
mas sim medo de morrer
qual seria a diferença
você há de perguntar
é que a morte já é depois
que eu deixar de respirar
morrer ainda é aqui
na vida, no sol, no ar
ainda pode haver dor
ou vontade de mijar

a morte já é depois
já não haverá ninguém
como eu aqui agora
pensando sobre o além
já não haverá o além
o além já será então
não terei pé nem cabeça
nem figado, nem pulmão
como poderei ter medo
se não terei coração?

não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte e depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente
assim como um presidente
dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo
sabendo que já me vou

então nesse instante sim
sofrerei quem sabe um choque
um piripaque, ou um baque
um calafrio ou um toque
coisas naturais da vida
como comer, caminhar
morrer de morte matada
morrer de morte morrida
quem sabe eu sinta saudade
como em qualquer despedida.

Música: Não Tenho Medo da Morte - Gilberto Gil


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um abraço que foi uma verdadeira fusão de seres.


Dormi agora a tarde e (devo ter) me desprendi(do). Lembro-me de ter andado por uma avenida que desconheço. Ia em direção a 'um local de trabalho'. E quando menos esperava, estava numa sala como se fosse um grande estúdio da tv e encontrava-me com meu pai. Mais do que um abraço foi uma fusão de seres.

Os dois entrechocados, vibravamos de saudades muitas. E dele, penso ter ouvido falar de "saudades da Francisco Sá", uma das muitas moradas que tivemos em Fortaleza e que, para ele, era um referencial importante pois ali próximo estava o seu trabalho junto à Casa Machado.

Ele me dizia das saudades que tinha de todos e "da Regina". E eu chorava copiosamente abraçado a ele, sem que pudesse ve-lo, mas o ouvia claramente a me dizer algo como "se cuidem", referindo-se aos que estão do 'lado de lá'. Talvez, referindo-se à este lado.

Acordo com os olhos molhados. Vou ao banheiro onde me vejo no espelho, assim. E conto a Maria e a dona Gleide, esta senhora que trabalha conosco e que tanto o ajudou nos últimos dias na Terra.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um trem nas alturas


Há um trem correndo por aí, nessas alturas - ou sei lá como definir o que há na dimensão da Luz. Esta noite, eu circulei por ele. Ao percorrer os vagões encontrei muitos passageiros cujas faces não davam chance de identificá-los.

Uma pessoa nos guiava nesse passeio astral e, a certa altura da conversa que traçavamos no sonho, ela chegava a cumprimentar pessoas em italiano. Algo como "tudo bem? Vamos já já chegar..."

Não sei qual era o destino do trem das alturas; mas havia como quê uma certa expectativa de que ele ia nos levar a um ponto determinado de nosso próprio conhecimento, mas que não consegui descobrir de maneira nenhuma.

Paramos em frente a uma praça, cuja estação dava para o interior de uma igreja secular. Imagens que eu supunho do período barroco e vultos circunavegando nas alturas, como se volitizassem em torno desse ambiente misterioso.

Quando tento ingressar por uma porta, no que imagino seja a sacristia, acordo com o som do despertador tirando-me a chance de saber o que se esconde por trás daquela magnífica porta...

domingo, 21 de junho de 2009

Do amor e dessas coisas singulares


O amor tem formas. Só o coração entende.
Nutre-se de luz -
'lumina essência,
Bondade fecundada que nos embriaga de prazer.

De seu cálice dourado,o nutriente do amor
derrama o néctar
supremo da Vida
- suave perfume que se esparge entre amantes.

O amor é um sonho - como adoçam os poetas.
Alegra-se na dor
- adormescência
e reflete sobejamente na alegria de sê-lo...

De cada gesto do qual o amor se inspire,
hálito divino
que entre nós
rescende, como nunca soube-se traduzi-lo...

O amor é benção - e, nele, nos fortalecemos.
Augúrio de paz e
Ciência - paciência!
Motivo único para o existir da humana idade.

Desse amor que transmuta tempo e espaço,
que vai do corpo a alma
- espiritualidade!
a divina presença se corporifica e se nos revela...
Saudades

tão longe, tão perto...

Estive sem postar no 'Bangalô'. Durante esse tempo acompanhava a doença do meu pai. 'Seu Mário' (Bezerra) se foi. Nos deixa em meio a uma enorme gratidão pela Vida (física) que Deus lhe deu por 84 anos para nos guiar nesse caminho que ora fazemos pelo Planeta Terra.

Obrigado amigo! Pela força, pelos ensinos, pelos conselhos - até pelos erros, que nos ensinaram também a forma de correção do rumo -, pela alegria que sempre demonstrou ao longo dessa jornada. Uma jornada dificil onde um câncer acabou lhe vencendo. Ou melhor, santa doença que o fez purgar algumas das mazelas morais que elas sempre acabam difundindo. Mesmo no pântano, o lírio brota e o raio de sol consegue penetrar sem se manchar.

Estamos aqui ainda atordoados, muito embora já aguardassenis essa nudança. Ninguém fica pra semente, ouvi dizer muito. Agora foi a vez de plantarmos (o corpo de) meu pai para que o Jardineiro-mor de todo o Universo (re)colha como presente que lhe ofertamos.

Um dia iremos nos encontrar. Não no juízo final de que interpretam os fundamentalistas. Mas a doutrina esclarecedora dos Espíritos Superiores - o Espiritismo, codificado por Allan Kardec - nos sustenta a racionalidade de que "a vida continua", em planos e dimensões que a nossa consciência aceita e acredita. Pois foi de lá que viemos. Para lá voltaremos.

Abençoe-nos pai Mário! E que os amigos de lá, te recebam com festas - como quando viestes à Terra e para os teus que hoje choramos tua saudade.
Novo dia amanhece,
nova vida, nova flor
Jardineiro dessa messe
cuide dela com amor...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Por um momento novo da vida de todos nós na Terra


Genrosa presença, essa na Terra. Revela-nos a bondade divina em auxiliar o nosso crescimento espiritual. E é ela, a escola provadora de nossas aptidões, onde exercitamos os lados de nossa individualidade e edificamos as virtudes da alma.

Enquanto por aqui estivermos, oportunidades muitas são celebradas em favor de cada um. Mas é o coletivo que melhor define o aprimoramento de cada indivíduo. O nosso alvo é o outro. A nossa conquista não é o mundo, mas o nosso próprio eu. Vitoriar-se na Terra, arrastando atrás de si quaisquer registros de conquista, não alimenta nenhum avanço na lista de grandes conquistas.

Só o amor é capaz de edificar o mais empedernido dos seres e elevá-lo aos píncaros da glória. E todos os homens estão marcados por um selo de desenvolvimento, ainda que demore em alguns essa tarefa. As vidas sucessivas, os mundos habitados, as mentes desprendidas, o eu dinamitado de todo orgulho e egoísmo, fazem com que as serenas bem-aventuranças do Cristo, sinonimem a vitória de todos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quem é Maria Vangelis?


Na madrugada desta segunda feira, dia 8 de junho, estive em locais da outra dimensão que jamais saberei avaliá-los de forma precisa. Apenas sei que era um lugar onde pessoas (des)conhecidas - cujas identidades não as lembro, embora me fossem familiares no desprendimento - me ensinavam a conviver em paz comigo mesmo.

Uma senhora de meia idade, de aspecto sereno, me dizia como fazer para acabar com o nervosismo. E me ensinava uma pequena regra para os momentos de raiva: bastava encher a boca com um pouco dágua e ficar com o líquido até amainar a situação. Em caso de ser dificil encontrar o líquido, salivar até que se consiga sentir a boca cheia.

O nome da pessoa era Maria Vangelis. Ou seria Maria Evangelista e eu apenas ouvia esse nome meio grego. Mas afinal quem é Maria Vangelis?


Ao acessar no Google 'Maria Vangelis' acabei descobrindo referências acerca do tema escrito por Vangelis para o filme sobre a descoberta da América.



Aprendizado da própria razão de ser


E eis que nada é por acaso. Acabo de acordar de um descanso pós-almoço, durante o qual sonhei - ou estive desprendido - circulando por uma região onde as pessoas têm uma enorme crença no poder da fé.

Salto da cama e vou até o quarto onde meu pai está sendo cuidado pela enfermeira Apoliana (é esse mesmo o nome dela, muito embora eu a chame Apolônia). Tento contatar com ele que tem dificuldades de fala. A doença o pôs há dois meses em cima de uma cama. São as mãos de ajuda das enfermeiras e de minha irmã Vera que o auxiliam a sobreviver. Aguarda o tempo de ser, costumo dizer a mim mesmo.

Pergunto-lhe se tudo está bem. Ele confirma com a cabeça. Se tem alguma dor. Ele nega. Digo para ter paciência, enquanto transmito-lhe uma efusão de energia que a minha fé diz ser auxílio importante. A enfermeira me olha com certa estranheza. Pergunto a ele se tem rezado nesse meio tempo. E o conduzo na oração que ele repete silenciosamente.

Tenho uma enorme crença de que essa troca de energia é benéfica. Hoje, no estúdio da televisão, enquanto fazia o programa e a auxiliar de estúdio Juliana revelava-se cansada, abatida e eu lhe dei um passe, ela me disse logo depois ter melhorado e me agradeceu.

Felicito à Vida por ter me dado essas noções que eu sei e descubro a cada dia da existência, como forma de aprendizado da própria razão de ser.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um avião cai e nos deixa ainda mais interpelativos do que somos


Não há como conter a emoção diante da confirmação de que os destroços encontrados pela FAB são do avião da Air France, vitimado por uma tragédia na rota Rio-Paris.

A informação só reforça a certeza de que a esperança - nesse como em outros casos semelhantes - conseguiu passar a perna no velho refrão. De que é a última que morre. E morreu, quando não se pensava.

Esperança de se achar as respostas positivas nas quais parentes e amigos dos passageiros e tripulantes ainda se firmavam. O céu das hipóteses não deixou chover nesse terreno. E da espera, o desespero.

Nem o resultado das orações significadas por milhares de pessoas no mundo inteiro, foram suficiente para sustentar o sonho de que tudo isso não se configurasse emj pesadelo.

Ao mesmo tempo em que no Brasil, pilotos que trabalham na operação de busca, trocavam informação de que os destroços pertenciam ao avião sinistrado – informação captada por um radioamador de Fernando de Noronha e transmitida a uma emissora de TV paulista -, lá na França, os políticos em assembléia faziam um minuto de silêncio pelos mortos do desastre.

Nessas ocasiões, tento saltar o despenhadeiro de minhas interpelações transcendentais e encontrar o eco das respostas que, provavelmente, nunca saberei. Minha pergunta agora é: a quem pertencia a essência de cada um daqueles seres para se unirem a esse destino fatal?

Tolice, dirão alguns, indagar o além quando não se há respostas. Porém, deixem que eu (in)tranquilize comigo mesmo, interpelando ao Deus de minha crença sobre essas questões que, vez por outra, surgem em nosso caminho e que nos deixam ainda mais interrrogativos do que somos.

sábado, 2 de maio de 2009

Sonho ou desprendimento, a viagem a Cuba e o caminhão desgovernado


Era sonho ou desprendimento? Esta madrugada circulei por entre imagens não tão bem nítidas, mas impressionantes. Elas me revelavam o cenário de Cuba.

Ruas semi-desertas. Fachadas carcomidas pela ação do tempo. Janelas entreabertas de algumas casas. E, aqui acolá, pessoas desvencilhando-se das gotículas de chuva que caiam sobre as calçadas.

Eu sabia que estava na terra de Fidel e que fora lá convidado pela professora Adísia Sá - que recebera convite do próprio dirigente do país.

Numa espécie de palanque numa praça ao final de uma rua tortuosa, um grupo de pessoas aguardava a hora da chegada do 'líder'. A professora pega o microfone e diz uma frase marcante sobre a ilha - mas a lembrança não me permite guardá-la quando na vigília.

Nisso, o palanque sai do lugar. Percebo tratar-se de um caminhão que, em disparada, avança pelas ruas e sinto que as pessoas podem cair. Vejo Adísia pendurada na carroceria e dizendo que vai saltar. Ela pula e eu fico receioso de que o veículo, naquela carreira, vá de encontro a algum imóvel.

O carro choca-se com algo. Eu penso no sonho que, acordado, sentirei as dores desse acidente. Vou acordando. E, dali a pouco, percebo que minha coluna está dolorida.

Que signiica o caminhão desgovernado? E a professora atirada fora dele depois de pronunciar uma frase importantre?

sábado, 25 de abril de 2009

Sinal de vida muito além das pedras tumulares




A maioria das pessoas pensa que deixar o mundo material é integrar-se (ou desintegrar-se) no nada. Povoa ainda na cabeça de muitos, a idéia de que morrer significa largar tudo e se perder até da memória dos mais queridos.

Esta noite, sonhei que estava cumprindo mais um exame. Era sonho ou desprendimento. Eu ainda não sei atinar bem quando é uma ou outra coisa. Sei que estava fazendo uma prova.

É incrível como a cada fim de mes, eu adentro salas de aula; convivo com turmas que desconheço, mas que são íntimas enquanto sonho e, como me preocupo a cada final, em dar uma (ou mais) resposta nas provas.

Eu sei que neste sábado eu ouvia (não via) alguém alguém fazendo uma pergunta e pedia que eu a transmitisse a uma pessoa que eu conheço. Eu não sei se vou ter coragem de chegar e dizer que nas nuvens, onde tenho um bangalô, alguém manda notícias.

Se ela me perguntar quais, eu nem saberia dizer. Sei que pedia para dizer, como se fosse esse o sinal de continuidade. O sinal de vida.

Interessante, nesses sonhos e desprendimentos, provo a mim mesmo que o mundo é muito mais do que veem os meus olhos. É muito mais além do que ouvem meus ouvidos. É muito mais infinito, do que penso - e, jamais, aquela estória de que ao morrer, terminamos. E sobramos na paisagem, via pedra sepulcral, por onde voam andorinhas ao final de cada dia...

sábado, 11 de abril de 2009

Pedido de quem está do outro lado, mas permanece aqui


As ruas da outra dimensão são constituídas de uma essência tão etérea que a visão humana não consegue alcançar a não ser quando dispensamos a vigília e caímos no sono que nos promove desassociarmos do corpo.

São nessas ocasiões em que desprendidos, atingimos a vibração necessária para adentrar no que se configura como o mundo dos espíritos e então convivemos com a realidade que ali se estabelece.

Hoje foi o dia em que encontramos uma antiga interna da Colônia de Hansenianos de Maracanaú. Guilhermina é o nome dela. Desencarnou no ano passado. Sempre que visitamos o hospital íamos conversar na residência dela e, no seu jeito curioso de tratar todo mundo, ela fazia que brigava comigo por ter me ausentado da última visita.

Pois hoje a encontrei num carro. Dirigindo. E aí é que vem a explicação da mensagem que o espírito fala e o cérebro guarda a imagem para conseguir traduzi-la quando desperto.

Eu me surpreendi com ela dirigindo um táxi e ela me mostra os pés sãos, reconstituídos - em vida na matéria, ela demonstrava não gostar de mostrar os seus pés deformados pela doença - como a dizer que já estava 'dirigindo os seus passos", "conduzindo-se por ela mesma".

Mas o que mais me tocou nessa efusão de amizade e gratidão foi o recado que ela me pediu para retransmitir ao Cantal (Wilson Cantal é o coordenador do Grupo Espírita Bemvindo à Caridade).

"Avise a ele que meus filhos estão metidos com drogas..." terminava com um quase apelo em favor da vigilância sobre eles. Desperto, telefonei ao Cantal e ele me confirmou que uma filha dela anda com problemas. Vamos tentar tudo para atender a um pedido de quem está do outro lado, mas permanece aqui, ligada pelos fios do coração.

sábado, 14 de março de 2009

O lado mágico das palavras que se tornam ainda mais


Na dimensão da Luz, muito embora guarde-se as devidas proporções de superioridade, a poesia tem grande alento. Aliás, a palavra tem força rara. Eu iria mais longe e diria que o pensamento é ação.

Hoje, estivemos num recanto onde todos falam de poesia. Onde todos usam esse modo de expressão a fim de serem entendidos. E estava eu numa roda de poesia quando saltei de lá com um canto que, traduzido na linguagem da matéria, não consigo atinar o que vem a ser.

Eu cantava um verso que se repetia 'ad infinitum' e o som alcançava alturas impressonantes. Os versos diziam apenas algumas palavras que, escritas depois que vim para a vigília, não têm o sentido mágico da Luz:

"Esqui
Esqui na boa
esquina boa
uísque na boa
eis que a boa
escrita boa..."


E tinha outros exemplos incríveis que eu, infelizmente, não consegui trazer de lá...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Grata presença de um anjo de luz


Um auditório superlotado. Um público atento. E lá na frente alguém a conversar sobre o "conhece-te a ti mesmo". Dizia nem ter a certeza do que ia expressar. Mas as palavras chegavam à sua mente de forma clara, precisa.

E ele sentiu a sensação de outras vezes: uma onda suave de luz condicionando sua energia, vitaminando sua alma, conduzindo-se por dentro de seu corpo e o deixando sereno, calmo, tranqüilo.

Ele sempre soube que existem anjos a nos guiar. Essa é uma convicção antiga, de longas datas. Nenhuma crença religiosa precisou lhe ensinar isso.

Na platéia pessoas conhecidas e amigas: a prima Lucinha, um colega de trabalho, a cantora Aparecida Silvino... e muita gente mais. E ele falando como nunca havia feito antes.

Ao retornar para casa, ouve pessoas lhe dizerem: "por que eu não trouxe um gravador?". Um vizinho a quem cede carona lhe diz: "você estava inspirado!", como se quizesse referir ao `contato`.

Mas ele sabe da luz que circunda esses momentos de meditação e auto-conhecimento;
que já lhe tirou do sério outras vezes ao volitar em torno de seu corpo numa pequena bolha azulada e sumir, tão misteriosamente, como surgiu. São eles, os anjos guardiães de que falam os mestres da nossa ascensionalidade, no aguardo de nos oferecer ajuda.

Eles só desejam o bem da humanidade, muito embora a grande maioria das pessoas
continue dando as costas à essa presença tão amiga.

Fábulas Fabulosas: O Cáctus e a Lagarta


Um homem viajou muitos caminhos até chegar à aldeia onde habitava venerável e sábio mestre. Fora até ele tocado pela dúvida de que o Senhor de todos os Conhecimentos e Virtudes, criador dos céus e planetas, provavelmente se equivocara em lhe atender uma rogativa.

- Deus não erra, meu filho! adiantou-se o virtuoso sábio, perguntando em seguida o que acontecera.

Durante muitos dias, narrara-lhe o viajante, ele rezara ao Senhor pedindo que lhe enviasse dos páramos celestes uma flor e uma borboleta. Era um presente que gostaria de ganhar dos céus.

Um dia, um beduíno passara pela sua porta e, como prova de gratidão pela hospitalidade, lhe deixara um cactus feioso e uma horrível lagarta.

"Ele garantia ser homem do Senhor e que apenas cumpria os designos de Deus", contou-lhe o viajante.

O sábio sorriu e chegou a essa conclusão: "Paciência é o que deseja Deus exercitar em seu servo, premiando-lhe dessa forma. Volte para casa e verá que do bruto cáctus há de ter surgido a mais linda flor que a Terra já viu. E a horrível lagarta já se transmutou na mais linda borboleta já vista".

Ao retornar a casa, o viajante confirmou tudo isso e concluiu que para tudo o que se deseja ter e ser, Deus só nos pede um pouco de paciência.

Recontada por mim
do jeito que escutei
de um sábio anônimo

Visões: os sinais continuam vindos do alto


Há sinais entre os homens da presença de deuses na Terra. Desde as mais remotas eras, eles se dizem presentes no dia-a-dia de cada um de nós.

Seja para orientar, esclarecer, apontar caminhos, disciplinar e, principalmente, para evangelizar o homem a que se re-humanize em prol de um mundo cada vez melhor.

Ouça os sons do silêncio! Oriente-se pelas vozes do céu. Seja um mensageiro da luz. E acorde maravilhas na dimensão da paz em que você vive.

Se o mundo está revolto à sua volta, é que a sua parcela de contribuição ainda se faz mínima. Mesmo na tempestade, seja a claridade do relâmpago que previne a chegada do trovão.

Deixe que os acordes da manhã renovem a alvorada da vida e estabeleça um sinal de paz durante os próximos minutos que você terá que conviver com seus pares.

É possível ser feliz, ainda que em meio à caótica solidão da Terra. Acredite!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Do lado de lá, mas sem sair do lado de cá

Diário dos Sonhos
Saio do corpo na madrugada do sábado e volito por lugares que, conheço mas, não sei identificá-los quando estou desperto. Num desses lugares, em frente a um balcão de atendimento - como se fosse de um albergue - encontro Vander Silvio, já transportado para a outra dimensão. Está falando qualquer coisa relacionada ao som que é transmitido no lugar.

- Por que é que, onde estou, só botam esse som terrível!... - diz criticando o que, provavelmente, era um som de banda de forró sem ser forró.

Ao me ver ao seu lado, exibe um olhar de surpresa mas como quem já assiste algo habitual do outro lado, estende-me o braço direito em minha direção. Eu tento lhe dar um abraço, mas é quando ele aponta ser impossível. E mostra-me um aparelho colocado no seu lado direito à altura da cintura - como se fosse uma colostomia, mas que não é. Pergunto-lhe o que era aquilo e ele apenas me diz:

- Necessidades para o campo vibracional...

Um som de carro lá embaixo do prédio onde moro me devolve ao corpo de sopetão. Eu maldigo as buzinas que interferem até nos contatos extrasensoriais. Mas, tudo bem, o dia já amanhecera no lado de cá. E era preciso retomar a materialidade das coisas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Do lado de lá, a vida continua e trabalho é que não falta


Na esfera espiritual há trabalhos. Ninguém vive a ilusória visão de anjos entronizados em nuvens, entoando loas e manipulando harpas que o 'marketing' da medieval era tentou impor. E hoje andei gravitando em torno de uma redação. Uma redação fora do ambiente material.

Alguém nesse ambiente solicitava-me que fizesse as fotolegendas de uma reportagem sobre mim mesmo, destacando algo de minha persona e abordando um projeto novo que deva estar em vias de processo.

Interessante é que ao chegar do trabalho hoje à tarde, diversos recados de um jornalista solicitava-me falar sobre mim num 'portfólio' que ele está elaborando para lançar no semestre que vem.

No e-mail que ele me enviou, um pedido para preencher um questionário com legendas sobre meu trabalho. Igualzinho ao do trabalho na redação do lado de lá.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Numa Roma onde carros de corrida se alinham


Hoje foi dia de desprendimento no sono. E viajar por cidades que eu nunca fui. Roma, por exemplo. Ali estive em companhia de Agamenon Libório Cavalcante, um antigo colega de ginásio nos tempos do Rui Barbosa de Iguatu.

Desde os 14 anos não tenho notícias dele. Fui colega de sala de aula e estudavámos juntos em sua residência. Agamenon era muito inteligente. Hoje, pelo conheço da vida, posso dizer que ele estava além do estágio daquela época.

No desprendimento de hoje, encontrava-me com ele em Roma, no aguardo da corrida de Fórmula 1. Eu andava pela pista, em meio a fila de carros alinhados, depois de passar por um órgão encarregado de listar pessoas que iam morrer.

Antes da corrida, deparo-me lá na frente com um acidente. Um carro em treinamento havia saído da pista e se chocado contra um objeto. Não me lembro agora quem era o piloto, mas na ocasião isso ficava bem definido.

Quando retornava para me posicionar no local de ver a corrida, perdia o contato com Agamenon e tentava localizá-lo pelo meu celular - é a primeira vez em meus sonhos que esse objeto é citado - e não encontrava seu nome no meu arquivo.

Um pouco desolado, sento-me num degrau e dou de cara com Oliveira, ex-produtor da TV Jangadeiro que estava ali em Roma em companhia de algumas pessoas (possivelmente da família dele). Uma delas me abraçava e corrigia-me no figurino: eu estava com uma camisa cheia de furinhos e ela me dizia que isso exigia uma camiseta por baixo.

No momento seguinte, encontro-me com uma pessoa importante da política brasileira que aguardava em frente ao que eu presumia ser um restaurante, a festa do "pollo". Pollo em espanhol é frango. Acordei.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A creche de onde partem as adoções terrenas


Fora da vigília, é possível se eleger caminhos que são divisados apenas pelos olhos da alma. Por eles, vítimas do silêncio da morte se identificam vivas. E andarilham léguas em busca de si mesmas.

Esta madrugada, consegui circunavegar por entre essa faixa silenciosa aos nossos sentidos, mas que tem uma acentuada agitação de sons. Nela, deparei-me com amigos que estão temporariamente na matéria e que pautavam encontros sobre as tarefas da semana em relação aos programas de ajuda.

Uma jornalista e amiga com quem já trabalhei na rádio Povo, estava na sala de encontros do grupo formado por membros de uma denominação religiosa, dando testemunho acerca de como a doutrina que ela abraçou lhe dera uma dimensão de maturidade.

Ao deixar o bangalô, segui por uma estrada apinhada de crianças que iam em direção ao "Balneário dos Anjos", denominação curiosa de uma das muitas creches de onde partem iniciativas de adoção de almas pelas famílias da Terra.

Isso significa que alguém dali, está muito próximo a seguir a afirmação do Cristo sobre o 'nascer de novo'.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O lar dos que perderam a visão na Terra (2)


Acordei nesta segunda feira com o nome de dona Josélia na cabeça. Tinha que ligar para ela, a fim de contar o sonho que tive no lar dos que perderam a visão na Terra. Tentei o número antigo do falecido. O celular ainda o guarda. Disquei, mas a voz da telefonista me dizia que ele fora desativado.

Fui ao trabalho na rádio e contei aos companheiros a experiência. Depois do programa, admiti, ligarei para o instituto onde ela atua e contarei o 'sonho'. Só na tevê, depois de conversar com o jornalista e médium Wanderley Pereira é que criei coragem. Liguei... surpresa!

"Nonato você não morre mais este ano!" me atendeu a voz do outro lado. "Estava pensando em você. Amanheci pensando em lhe procurar. Para lhe entregar uma foto do (*) com você".

Conto-lhe o sonho e ela diz que de Itu, chegou-lhe uma correspondência mediúnica dele com uma frase que só ela e ele tinham conhecimento. Era a prova. Mas ao contar-lhe e falar sobre a figura que teria sido recebida por ele, a descrição bateu exatamente em Maria Prata, uma benemérita senhora que era tida como 'santa' e grande amiga do médico.

Ela deixara a Terra aí por volta de 15 anos. Mãe do conhecido Sargento Prata, que deu nome ao zoológico de Fortaleza, ela certamente estava sendo a 'zeladora' por ele no outro lado da vida.

O lar dos que perderam a visão na Terra (parte I)


A noite foi longa. Por quatro vezes desprendi-me do corpo e alcancei níveis diferenciados da outra dimensão. Escalei as alturas e cheguei a lugares que eu pouco conheço: a mansão onde dos que restauraram a visão.

Nesse local, o médico WP transita com certa facilidade. Reune-se aos jovens recém chegados ali, de etapas de evolução na carne. Ele me diz que fora recebido por uma senhora de pequena estatura, de cabelos negros e um olhar sorridente. WP me diz que chegara através dela. Conta-me algo relaciona a 15 anos e a cita como irmã.

Por mais de uma vez, perco os laços desse desprendimento e acordo. Algo me leva a dormir outra vez e retornar ao mesmo local. Como se o médico quizesse que eu guardasse na memória a lembrança desse sonho. E contasse a alguém importante toda essa experiência.

sábado, 3 de janeiro de 2009

A rua por onde navego quando à noite me imaterializo

Um luar claro na rua por onde circulo quase sempre nos meus sonhos. Não sei onde ela está, mas a conheço tão logo largo meu corpo e volatizo pelo lado de toda essa imaterialidade.

Hoje foi o dia em que cruzei a rua calçada, toda ela, de paralepípedos bem construídos. Na calçada pelo lado direito deslizo. Próximo à esquina, um carro estacionado. Ao passar por ele, noto a presença do professor Gilmar de Carvalho. Ele conversa com outra pessoa que não me recordo a identidade.

Quando chego à esquina, uma pilha de andaimes impede a minha circulação. Nem por isso me intranquilizo. Aciono a mente e ultrapasso as tábuas de forma interessante.

É quando ouço o comentário de Gilmar: esse menino acaba se ferindo nesses voos noturnos dele. Enquanto vou acordando, sinto que rio por saber que enfrentei mais um desafio. E acordo sorrindo.