Arquivo do blog

terça-feira, 28 de maio de 2013

PAI NOSSO 2013

Força nossa do amor, que estás em todos os caminhos do Universo,
sagrado teu nome seja na boca de todos os que te busquem auxílio;
que o desiderato do Bem, comungado pela Verdade, reine entre nós todos
e prevaleça a vontade sábia da Luz em nossos ambientes de provas.
O alimento do espírito seja constante, na atmosfera da Verdade que nos cerca,
administrando-nos o saber de entender nossos erros assim como os dos outros.
Que a tentação do pecado e o conúbio da desordem não se multipliquem

Livrando-nos de todo Mal, até que o Universo reclame nosso retorno. 
Amém.  

segunda-feira, 27 de maio de 2013

MÁTER-RA

.





Comparação bendita essa tua

Que é ser a Terra escola benfazeja,

Onde acorda a alma ainda nua

E veste-se da luz que a ela almeja.



É uma escola onde se continua

O aprendizado bem que se deseja

Avançar, pois quando finda a sua

Vida, uma outra em outro ar viceja.



É também prisão de almas desditosas

Que preferem espinhos e não rosas

No jardim mor que essa vida encerra.



É hospital de Luz a cauterizar almas

Que a penas duras se fazem hoje calmas

nas bênçãos de amor dessa mãe Terra.


Centro Espírita João, o Evangelista
Durante a reunião doutrinária de 27 de Maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013

ANJOS NÃO DESCANSAM

.

O que fazem os anjos, quando de folga estão?
Nunca antes havia eu feito essa indagação,
Até ter ao lado um guia em viagem fantástica
Volitando em busca de resposta enigmática.

- Anjo não tem folga, em meio a mil meandros
Só os que se limitam da carne em escafandros
Imaginam que anjos possam dormir, descansar.
Anjos, meu filho, não têm hora para trabalhar.

Disse-me com um jeito franco e tão afirmativo
Que embora eu estivesse em outro plano, vivo,
Confesso que surpreendido estava e assim fiquei.

- É que anjo não se cansa de trabalhar no bem
E o bem que se faz a outrem não faz cansar ninguém
Por isso, anjo não descansa – disse-me, e acordei.  

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Lições

espelho meu, meus escritos


Há ensinamentos virtuosos que, embora traduzidos por centenas de vozes, nem sempre encontraram ouvidos para celebrar seu porto.

Alguns dizem respeito à necessidade de sermos mais práticos; afinal, teoria só alimentada e realimentada, acaba resvalando para o paiol do esquecimento.

Amar a todos é a lição mais importante. Não matar é a mais providencial. Os que matam o corpo ainda são menos culpados do que os aniquilam a excelência da alma.

Ajude a cada um, da maneira como você puder. Alimente-os de  esperança, fazendo acreditar que a Vida é boa. Preciso é doar-se. E viver a vida dos outros para que a sua resplandesça de Luz.  

Não espere que o faminto lhe chegue a subtrair toda a dispensa de  alimentos, quando de forma preventiva uma côdea de pão bastaria para
saciar a necessidade dele.

Não se preocupe demasiadamente com o amanhã, quando o hoje ainda nem
terminou e exige de teu esforço apenas tua firme presença. 

Como achar difícil perdoar uma ofensa, se tu mesmo reza todos os    dias “o Pai Nosso” e pede ao Pai misericordioso perdão pelas tuas falhas?

Não construa teu mundo à base de superficialidades; as traças do tempo são especialistas em corroer tudo o que está ligado ao transitório.

Aprenda a ter disciplina espiritual, a fim de que em torno de ti floresçam sempre as flores da virtude do Bem. O perfume exalado por elas, é de invulgar qualidade.

Consolar apenas os que detém tua amizade próxima, não significa tanto quanto estender ao desconhecido a tua gentileza de ajuda. 


Antes de qualquer oração em busca de paz, procura em tua mente se alguém que tu prejudicastes não poderia estar rezando de forma contrária  à tua rogativa.

Lembra que nascestes destinado a despertar tuas virtudes maiores; elas adormecem no íntimo de teu coração. Ilumina-o, com o exercício do providencial Amor.

Santos e devocionados não são apenas os que foram alçados à majestade dos altares, mas todos aqueles que no altar da Vida sabem  manter ativamente viva a chama do Bem.

Que os virtuosos, se revelem. Que os bondosos, se expressem. Que os justos, se justifiquem. Deus é o criador de tudo e quer de volta todos  os que saíram de sua magnífica presença. 


de NONATO ALBUQUERQUE
Saudades quintanas
De Nonato Albuquerque 

Na ruazinha onde eu existo agora,
Depois que me fiz passado
- embora eu seja presente! -

um menino tristonha saudades
Do menino que foi triste
Por não ser mais inocente...

Anjo decaído nesse chão novo,
O menino deixou seu porto
- alegre com a nova chegada ¿

E fez dos seus malabares
Versos que fez quando em vida
- uma canção alentada -

pra não se ver tão sozinho.
Alma de anjo, o menino
Se faz tão afortunada!

Sei que do outro lado do mundo,
Alguém irá ler o poeta
- mater matéria ausente! -

sem notar que a poesia ali em frente
É o corpo e o sangue
Do poeta, derramados.

De NONATO ALBUQUERQUE 


A carta que ficou de chegar
Nonato Albuquerque
 
Um homem escreveu uma carta, colocou-a numa caixa dos correios junto a um envelope devidamente selado, mas esqueceu de um detalhe importante: endereçá-la. Tampouco lembrou-se de colocar seu nome no verso para uma futura localização. Ao recolher a correspondência para levá-la à sede da empresa, o carteiro deu de cara com aquele envelope sem destinatário e sem remetente.. Ao tomar ciência do fato, a chefia da repartição resolveu colocá-la no boxe destinado a cartas extraviadas
.
Passados dez anos sem que ninguém reclamasse, a direção dos Correios resolveu abrir o envelope a fim de verificar se havia algum meio de identificar o missivista. Tudo em vão. Também a carta não distinguia em seu teor nenhuma pessoa específica, mas a sua mensagem tocou profundamente as pessoas que a leram. Dizia o seguinte:

"A quem vier ler esta carta, seja nesta ou em qualquer outra época, certIfique-se bem se ao longo de sua vida alguém não ficou lhe devendo o envio de uma correspondência. Procure lembrar de quem viajou e ficou de escrever; de um amigo ou parente que lhe prometeu dar notícias por onde passasse; de uma pessoa muito querida que roubou seu coração e ficou de devolvê-lo, pelo menos, em fatias de luz através das palavras.

"Pare de ler esta carta agora e coloque sua mente para funcionar. Procure sinceramente lembrar-se qual a carta quenunca chegou às suas mãos? Quem é a pessoa que está em falta com você?... Pare e pense!
---
"Pois bem, eu sou essa carta que, um dia, deixei de chegar ao seu destino. A ética dos funcionários dos correios nãopermitiu que me abrissem, mas como tudo tem um tempo, esse dia do reencontro chegou. Venho às suas mãos lhe pedir mil desculpas pelo atraso; perdão pelos transtornos e sofrimento que, provavelmente, eu deva ter provocado. Mas se você está me lendo agora é porque conseguiu resistir a tudo aquilo e, melhor do que isso, conseguiu sobreviver para ler esta que é uma carta de despedida.

"Sim, estou me despedindo porque agora que você sabe o quanto custa a espera, não demore a me colocar de novo no correio. Coloque no envelope o nome e o endereço da pessoa que você mais gosta no mundo e, que sem dúvida, ficará feliz de me receber a fim de contar-lhe que você conseguiu passar até aqui por todas as provas e dificuldades da vida, que está de pé acreditando na esperança como a grande força de ajuda, certo de que o "destino" tem sempre uma lição boa para nos dar.

"Por favor, coloque-me num envelope ou mande-me num e-mail. Destine-me a quem você tem realmente afeto; deixe-me voar outra vez para a alegria de outras mãos e olhos que indicarão outros e mais outros destinatários a fim de que eu possa testemunhar a todos o quanto você é, foi e será feliz na vida que atualmente carrega".

Poética Minha
o gosto da saudade dos outonos

Já passei tantas primaveras 

nesse meu andar pela Terra,
de invernos pontuei meu coração, 

algumas vezes...
O verão dançou comigo 

em cada alegria derramada de luz;
mas eu nunca conhecí 

o gosto da saudade dos outonos.

Texto de Nonato Albuquerque
Mané Quim
eu sou o que não sou, mesmo sendo

Eu não sou, a roupa que visto.
O visto que trago,
O trago que tomo.
Eu nem tomo, além de cuidados.

Eu não sou a pele que tenho.
Tenho além desse tempo
o tempo que escondo.
Eu escondo mil séculos de idade.

Eu não sou o nome que escrevo;
escrevo poesia e conto
que conto as vantagens
que não sou de contar dez vantagens.

Eu só quero, num sábado como esse
essencialmente viver...
e viver, sobretudo, o momento, agora.
Eu sou o que não sou, mesmo sendo.

 
de NONATO ALBUQUERQUE
Reflexões Sabatinas 
Para se pensar e fazer... principalmente!

Estava aqui pensando com os meus teclados e resolví falar sobre a necessidade do ser:

É preciso aprender a ser feliz. E não o sendo, reivindicar do procon de nosso coração, energias suficientes para reorganizar a usina de força que propulsiona a Vida.

É preciso ter coragem sempre. E, de vez em quando, sentir-se medroso. Com medo de causar algum dano a quem quer que seja. Infelizes, causam sempre males a outrem sem se importar com o que outros sintam.

É preciso cercar-se de idéias. Novas e, se possíveis, brilhantes. Mas se não as forem, não tem problema; nenhuma idéia será rejeitada por falta de brilho. Basta um apuro na graduação da chama e, logo logo, acertaremos o ponto da luminescência.

É preciso acreditar no futuro. Quem vive o presente, retido tão somente ao passado, esquece que viver incide em ser ágil, atual e super ativo.

É preciso sempre correr riscos. Marinheiro que aprende as técnicas do navegar e não sai do porto, não pode falar dos tombos do navio.

É preciso confiar em todos. Ainda que se desconfie de alguém ou de alguma coisa, necessário é mudar a estratégia do pensar, pois a semeadura do bem estabelece um contato direto com a colheita da paz.

É preciso, finalmente, mostrar-se generoso. Com tudo e com todos. Quem só vê o negativo nas coisas e pessoas, acaba se esquecendo que faz parte do conjunto de coisas e pessoas de que é feito o mundo material. E que a vida da matéria, apenas está em trânsito para a felicidade suprema do ser.


Texto Nonato Albuquerque

Diário de um mestre ascensionado chamado yoshua


Eu nasci na Terra há mais ou menos dois milênios. Tive o privilégio de ter pais, o que hoje em dia não chega a ser tão comum no Planeta. Na atualidade, algumas crianças dispõem apenas de mães, embora tivessem tido pai na função gestora de seus corpos. Muitos pais não estão nem aí para a responsabilidade com os filhos. Comigo aconteceu diferente.

Antes mesmo de chegar eu já era motivo de preocupação para eles. É que o pré-natal de minha mãe foi feito por uma pessoa que era um anjo de criatura. E ele já a certificou, com bastante exatidão, sexo e antecedentes, além de garantir que eu nasceria sadio como se deve a todo menino cujos pais se preocupam em recebe-lo depois de unidos pelo sagrado matrimônio.

Criança, cresci motivada pela virtude da inocência e cercada dos carinhos de minha família - um outro privilégio que tive, quando é tão raro encontrar-se uma família bem estruturada nos dias vigentes.

Aprendi as letras e os números habituais a toda criança que vai à escola. Nas horas de folga, dava-me à brincadeiras junto ao local de trabalho de meu pai. Em ocasiões assim, em que ia à sua oficina, gostava de trabalhar com artesanato. Adorava transformar madeiras em pequenas bigas ou modelar pássaros e figuras que os adultos usavam nas prisões como elementos de tortura.

Jovem, meus pais decidiram que eu deveria freqüentar colégios de maior envergadura e me encaminharam a um internato, onde estive por quase duas décadas em verdadeiro regime de clausura. No mosteiro me eram ensinadas práticas para a vida do corpo e segredos para as virtudes da alma. Comecei a ter gosto por esse tipo de aprendizado.

Na escola de iniciados tive acesso às chaves do conhecimento mais antigo, em que a cultura de povos sábios como os gregos, os egípcios e os do braço oriental, discerniam sobre o passado, o presente e o futuro da humanidade. Bebi em fontes secretas dessa sabedoria milenar e todo o arcabouço de informações me foi colocado à serviço do bem comum.

Não pensem ter sido apenas teórica a fonte de meus conhecimentos, de maneira alguma. Concluído o tempo de clausura, andanças muitas fiz pelo mundo, aproveitando a oralidade das culturas e desenvolvendo a minha psique.

Estive em locais de luxo, hóspede de palácios e mansões majestosas, mas sempre me repatriando nas comunidades pobres - pois aprendi que, nelas, reside a soberana força do poder. Ao disporem de tudo, os ricos acabam por arriscar a perder o todo da lógica do Eu. E quem perde o Eu não sabe nem avaliar a que tipo de pobreza se insere.

Por volta da terceira década de existência, decidi assumir a missão de dividir com outros, todo o aprendizado constituído ao longo dos anos. Era minha intenção primeira, faze-lo instrumento a partir de meu reduto de crença - a que estiveram ligados os meus pais por princípios religiosos. Mas a alma do mundo clamava por ouvir uma voz distanciada dos títulos caprichosos e dos rótulos escravizantes.

Eu sempre me apercebi que Logos não tem dono e, por ser livre, pertence a todos os que não se pertencem. Que a causa da vida - o Amor - não tem preço e nem apreço por quem o sela apenas por motivações vãs. O ambiente da Terra é escola propícia à salutar regeneração das almas movidas pela soberba e pela cobiça, mas a exemplo de todo doente que se nega a se fortalecer com o medicamento amargo, há os que se distanciam dessa verdade.

Reuni em torno de mim alguns virtuosos amigos e me fiz seu conselheiro, sem que eles imaginassem que estavam operando ali comigo a bondosa função de serem eles praticamente modelos exemplares para que minha consciência amadurecida se estabelecesse plena. A todos eu devotei minha melhor parcela de amor A nenhum neguei o pão do espírito tão necessário à fome da alma, tampouco deixei de retribuir o salário justo da orientação correta, que era a forma de prodigalizar o meu trabalho.

Um dia, porém, um deles achou de me expor na roda-viva dos que obtém poder à custa unicamente do lucro. E multiplicou por cada ano de minha existência terrena, o valor minha presença física. Vendeu-me como escravo, sem nem imaginar que com seu gesto, daí a pouco, estaria me libertando-me da prisão do corpo.

Nos instantes finais de minha vida terrena, fui vítima de todo tipo de violência - a mesma pérfida violência que, nos dias atuais, atrai tanto amargor e desídia sobre a Terra. Há os que dizem estar a humanidade resgatando o peso de suas desatenções do passado, o que representa uma certa parcela de verdade. Mas o pior é saber que, endividada de pretéritos delituosos, essa gente por quem dei a minha própria existência, vive numa eterna busca do ouro esquecendo-se de que guarda no território de sua alma, as verdadeiras chaves do saber e da fortuna chamada felicidade. Colocadas a serviço do bem, elas dimensionariam o nível de qualidade de vida da casa onde vivi há mais ou menos dois milênios.


texto de Nonato Albuquerque
Gratidão

Eu tenho rios de gratidão,
pelas veias que permitiram correr o sangue de meus sonhos;
deles, me nutro; neles, me satisfaço.

Na amazônia de meus anos
desbravo vidas múltiplas onde recolho as sementes dos amigos
que plantei ou que se plantaram...

Eu, vivo!


Texto de Nonato Albuquerque
Sexta-feira, Novembro 21, 2008 
escritos meus
um tempo bate ponto no meu peito


Um passeio pela cidade, no fim de tarde.
Sol indo pro repouso.
O leste de Fortaleza cresce em sombras.
Pessoas pela ponte dos ingleses.
 
Um vento que chega acordando o passado.
Lembranças de outras tardes já dormidas.
Gente embarcando pr´outros rumos.
Idas e vindas de todos nós.
 
Hoje, a ponte dos ingleses é monumento
a ligar o que se foi ao que se vê...
 
um grupo de golfinhos anunciando o fim-do-dia.
O sol lento caindo de cansaço no horizonte.
 
Minha vista turva querendo limpar a minha mente
dessa saudade.
 
De um tempo que (dizem) não viví,
mas que insiste em bater ponto no meu peito.

NONATO ALBUQUERQUE 
Escritos Meus
poesia deste sábado

Anos passarão
E o mundo nunca guardará
A imagem de um Mozart envelhecido;
Ele nunca foi assim visto.
Poucos saberão
Do rosto verdadeiro do Cristo
Embora pintores tenham o retratado
E o dignificado em gravuras.
Quantas páginas
Beethoven rasgou para finalizar
A sua Quinta, já quase ensurdecido
E sem poder ouvi-la?
Nem as lágrimas
Das viúvas de Valentino lavarão
A saudade dele que ainda é enorme
E nunca acabará.
O mundo é imenso,
Mas o Tempo insiste em brincar
Sempre de esconde-esconde e ocultar
Personagens muitos.
Quem poderá dizer
Com certeza, o que serei eu amanhã
Se a visibilidade do que sou agora
Vier a esvanecer-se hoje... 

 
Escritos Meus
a máquina de lavar



Em frente à maquina de lavar, dispo-me de meus preconceitos;
A camisa de força da ignorância e as calças apertadas do egoísmo.

As vestes rotas do passado, as lanço num canto da sala.
As meias idéias que eu calcei, descalço-me de todos os erros.

Em frente à máquina de lavar Retiro minha armadura e ponho
Fora todos os meus desenganos.

E só assim, afinal de contas, É que eu entro na máquina
E lavo todos os meus pecados.
poesia
A busca mais sublime
Nonato Albuquerque


Nascer e viver são etapas de momento
Das vidas que se tem pelas estradas do tempo.
Cada passagem no corpo é um útil aprendizado
Em busca da meta chamada perfeição. 

Crescer e ser feliz são fases desse tempo
Em meio as semeaduras de tantas existências.
O hoje é a resposta do ontem, e o amanhã,
necessariamente, será o que hoje somos.

Por isso, nas estradas do mundo dê tempo
A tua própria ascensão, embora não percebas
Que asas leves vão se ajustando a tua alma

A cada passo que se der em favor do bem.
É que a virtude do tempo consagra um impulso
A quem vive do amor a busca mais sublime.
 
posted by NONATO ALBUQUERQUE 6:34 PM
Poesia
Sementes do coração


Sementes de luz é o que somos na Vida
no trânsito fortuito que a Terra nos dá
buscamos de vez enraizar-nos na lida
e que a árvore do céu seja aqui e não lá.

No campo sagrado que é luta renhida
o Tempo acolhe promessas de amar
Plantando esperança na dor mais sentida
Colhemos virtudes de sempre se achar

Mas se por acaso a dor nos confere
o seu aguilhão que terrível nos fere
querendo no peito nosso se alojar,

façamos um trato: que ela nos libere
de sermos escravos para que não gere
em nós o desastre do verbo chorar...

posted by NONATO ALBUQUERQUE

Escritos Meus
Na semeadura do bem, a virtude sábia das mãos

de Nonato Albuquerque 
De todos os sentidos da humana raça, o do tato complementa a riqueza maior da divina perfeição. Nas mãos, a criatura traz imantados os segredos do ontem e do amanhã, que traduzidos por almas de sensíveis virtudes são capazes de unir vidas em comuns.

É que nas palmas das mãos estão impregnados todos os sinais das vidas multiplicadas. O que para alguns pode transparecer mera ação do destino, para outros não passa da formalizada escritura que as almas encarceradas no vaso de carne trazem como memórias e roteiros.

Se na visão, no olfato, na audição ou no paladar, é possível surgirem interferências capazes de anular a capacidade de alguns desses sentidos, no entanto, o tato guarda resistências incomuns.

Alguém que não tenha ou venha a perder a capacidade de ver, pode muito facilmente desenvolver pelas mãos a oportuna chance de enxergar através delas. O tato, complementado pela audição, tem sido guia importante dos deficientes visuais.

As mãos, segundo aquele antigo e apreciável monólogo, são a propriedade mais fascinante do ser humano. Elas auxiliam no esforço do nascer e acompanham o invidívuo ao longo de toda a sua existência para, ao final dela, executarem a dança dos adeuses aos que se antecipam na viagem.

Por isso mesmo, as mãos que semeiam virtudes, automaticamente colhem frutos de temperança. As que abrigam e ajudam necessitados, associam-se ao recolhimento de bençãos de luz. Mas as que se negam ao pleno exercício do Bem, irremediavelmente consignam para si os efeitos da Lei, transmitindo a outras mãos a tarefa de bater o martelo da Justiça a fim de que corrija ao que foi violado.

No exercício diário dos que movimentam as mãos em busca do pão da sobrevivência, a orquestra da Vida rege a divina paritura da mais completa sabedoria, da qual a soberania da Vida se promulga em forma de progresso material e espiritual.
Reflexão Dominical
rotas de luz

No itinerário sagrado da vida, há razões muitas que são capazes de transformar o homem desesperançado e o conduzi-lo a destinos de vitória. Para isso, preciso é que ele se fortaleça na fé e na esperança de que podemos determinar os rumos do destino.

O eco do passado e as experiências do presente, são forças produtivas e renovadoras a positivar o encaminhamento de toda trajetória humana. Todo futuro se formata a partir do que somos e experimentamos no hoje.

A alma que jornadeia o [ quase sempre ] encrespado mar da Vida, ambiciona sempre conduzir seu barco a uma destinação segura. Anela aportar com ele em um remanso, onde águas tranqüilas o depurem e renovem suas forças, onde vislumbre a segurança de aportagem.

A exemplo de todo marujo prudente, para se chegar a qualquer rota de destino há que se ater a um plano de viagem, cuja carta náutica tem o certificado das nobres virtudes morais.

Por isso, nesses tempos em que tempestades investem contra o barco da existência humana e o deixam em solavancos e trepidações, recomenda-se recompor as amarras de luz que o roteiro da divina sabedoria recomenda.

Põe-te em guarda. Refaz teus planos. Orienta tua bússola. Planifica ultrapassar esses percalços de momento, certo de que ao leme da governança da Terra, está o mestre dos mestres, a guiar a viagem de todos os seres que estão no planeta.

Fortalece-te na fé que responde pelo combustível de toda esperança. Ajuda-te, capacitando-te a servir sempre aos que estão a caminho, que o céu te propõe iluminar as passagens mais difíceis dessa viagem.

Sereniza tua mente. Não vaciles. É tempo de provas e de buscar resultados. Prescruta melhor o caminho. Compreende que é momentânea a provação que te plenifica, ainda que, em alguns momentos, te sintas induzido a largar o barco e declinar do teu plano de viagem.

Sê contigo agora. Deus está contigo. Sempre.


11.04.10
.
Escritos Meus
antes que o tempo nos remeta a outro tempo


Estivesse o Tempo sob o domínio das forças do Homem e, provavelmente, acrescentaria ele mais algumas horas no atendimento a suas tantas necessidades. Pelo menos é o que se vê normalmente, quando pessoas reclamam não ter Tempo para nada.

Se o amigo reinvidica nossa presença mais constante em seu Tempo, arranjamos desculpas de que nos falta Tempo, embora nos sobrem oportunidades para tantos desatinos na ocupação de nossas horas.

Por justificar a falta de Tempo, há quem se descuide da melhor relação com a família e com os amigos; da oportuna chance de aprender mais para servir-se do esforço do Conhecimento em benefício da própria individualidade.

Há os que têm Tempo para os vícios deletérios e não medem as conseqüências dos seus próprios atos, a ponto de muitos se debaterem depois nas teias do arrependimento quando a justa Lei reclamar sua cobrança.

De que forma usamos esse providencial talento que é o Tempo? Será que ao longo das 24 horas que nos reserva o dia, teremos concedido alguns minutos em favor de nossa própria evolução? E o que estamos a fazer em benefício do próximo?

O Tempo urge, como reclama a velha citação; é preciso avançar no Tempo, já que a sua passagem nos limita muito as ações que hoje poderíamos fazer em benefício nosso e dos outros, antes que a força dele nos remeta de volta a um outro Tempo.

Conheça outros escritos pessoais do Nonato.