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domingo, 4 de maio de 2014

Ser tão amigo


das coisas boas da vida, 
nhá Balbina nunca esquece, 
do cheiro bom da comida 

na roça, quando amanhece:

leite mugido, espumante, 
canjiquinha, pão de ló, 
café preto, fumegante, 
pão de queijo, o seu xodó.

Hoje distante, desfeita
dessas boas iguarias 
ela reza, pra ser feita 
sua volta em outros dias 

quer voltar ao chão antigo 
onde espera renascer 
em meio ao torrão amigo 
que não quer nunca esquecer

Pede a Deus somente isso 
que lhe permita  voltar
e atender ao compromisso 
de nascer, viver e amar... 
 
(Homenagem a Cornélio Pires)