Atinar não sei
em qual dimensão se esconde um grupo de orientais
que, esta noite, enquanto dormia o sono dos justos,
frequentei.
Um deles,
veio até a mim e depositou um quimono multicores,
e gesticulou com a direita para que eu alcançasse
o fim da sala.
Num local
que se assemelhava a um palco, luzes são acesas
e um sonoro canto intermedia o que seria
uma encenação.
Uma cantora
em frêmita rapidez adentra o local e canta algo
que minha percepção auditiva não consegue
assimilar.
Em meio ao canto,
ela some do palco e a próxima visão que eu tenho
é a de um monge orientando uma função religiosa
a que acompanho.
Junto a mim,
uma voz pede que eu me ajoelhe e agradeça tudo
o que eu havia alcançado até aquele instante
em meio ao sonho.
Acordo
ouvindo arpejos no interior do quarto onde durmo
e vozes entrecortadas, como se sussurrassem
o meu nome.