Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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sábado, 17 de abril de 2010
De amar aos que se amam, o amor à Vida
Eu amo aqueles que nem me conhecem
e que, provavelmente, surpresa teriam
se me conhecessem.
Eu amo o ator ou atriz que recria almas
e impõe corpo a elas como se figurassem
na medida do real.
A palavra de quem prega avisos do futuro,
sem esquecer jamais de por no presente
seus admiráveis pés.
Eu amo quem ama o cinema de qualidade,
a expor temas que nos aliviam tensões
e nos põem em lágrimas.
E as virtudes de quem se anonima em tudo
em função do bem estar de muitos outros,
ainda que se anulem.
Ah! eu amo a palavra, o gesto, o silêncio.
A voz interior que me cala sobremaneira
quando estou errado.
Eu amo a Vida, essa soma que nos multiplica,
dividindo sensações e diminuindo ódios,
porque, afinal, é a Vida.
E amo, principalmente, amar os que se amam,
ainda que nenhum deles saiba da existência
de alguém c0omo eu...