Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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domingo, 24 de julho de 2011
Que amanhã eu continue hoje
Sob o oceano de luz, vive-se...
Alimenta-se de energia fonteada
Na cabeceira de cada dia.
Sou alma, vestígio de gente
Que passou uma temporada na fôrma
E se pôs de volta a eterna idade.
Ondas de luz cintilam em meu olhar
Frêmito de medo e de alucinação
A percorrer as vias do celeste.
Ele quer devorar e beber o céu
Que se afigura como esponja macia
Mas que de perto é rocha.
Uma procissão de entes volitam
Em torno de uma abóbada que penso
Seja o conduto para a matriz
De onde raios expandem em miríades
De luzes que se nominam e se identificam
Como entidades a se corporicarem.
Eu nutro uma paixão, uma saudade,
do que fui em vidas anteriores
mas que admira o que fui na última.
Meu sonho é mergulhar nesse azul
e me afogar na correntes de luz
Para que amanhã eu continue hoje.