Eu
era igual a todo mundo. Vivia só por viver.
Estimava
os meus e apreciava o trabalho. Mas não havia dentro de mim, nenhum resquício
de luz que projetasse a fé que vejo entre os fiéis de qualquer religião.
O
tempo me destinou a esse rumo e eu me descobri tão vazio, porque sem fé eu
continuava um ser insípido, quando achava que, depois da morte, tudo se
resolveria.
Volvo
às lides doutrinárias hoje e percebo na crença dos outros, uma chama de fé a
roteirizar os caminhos de cada um. Isso me dá esperança de aprender a ter a fé
da qual o filho do Homem falava.
Sou
irmão dele, me dizem. E a esperança de crença não morreu junto comigo.
20.04.18
Ó
divina força inspiradora do amor maior,
que
vivifica as vozes dos mortos
e as
resignifica em outras dimensões.
Estendemos
nossas preces para que
se
aplique o tônus da etemrna presença em nós e consiga transformar
os
grãos da palavra em terna poesia.
Retifica
nossos erros.
Reconsidera
nossos impulsos.
Transforma
a horta do nosso coração
em
semeadura de paz.
É em
nome de teu mensageiro sublime
que
nós sublimamos nesse encontro.
Paz...
20.04.18
ABC doutrinário
Não
sou homem de fé.
Eu
não sei rezar.
Deixem-me
em silêncio
a escutar
o coração
(ainda
que intranquilo)
bater
o compasso do meu eu.
Não
sei rezar.
Não
sou um homem de fé.
Mas
creio firmemente
que
há um conduto mental
a estabelecer
eco
entre
todos vocês.
Eu
sou quem não sou mais
Mas
sei que sou, sendo
um
aluno displicente do passado
que
só agora se alfabetiza
no abc
doutrinário do bem.
Não
sei rezar. Amém.