DIA DE SÃO NUNCA
Se um dia, eu tiver que perder
que eu ganhe experiência suficiente
para não desequilibrar-me;
Se tiver, por acaso, de chorar,
que seja de alegria para festejar,
acima de tudo, a vida plena.
Se um dia, qualquer que seja ele,
eu tiver que morrer, que seja de rir,
para que todos, à minha volta,
possam, também, imitar meu gesto.
A muitos poucos, eu me revelo.
A uma só pessoa eu me exponho.
Se um dia, eu tiver que deixar de ser,
Que seja no de são nunca, esse dia.
(nonato albuquerque)