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sábado, 21 de março de 2020

O VÍRUS E O CRISTO


Desfaça tudo o que havia sido planejado.
A ida à missa aos domingos.
Levar às crianças ao parque,
Vagar pelas ondas na praia.
Nem ao barzinho tomar um chope gelado.

Retire da cabeça essa ideia amalucada
De que tem que sair para o trabalho.
Levar o filho à escola, visitar à mãe idosa.
Nada disso é mais possível.
É preciso ficar em casa. E ela ficar trancada.

Há um bicho furioso lá fora, deste tamaím.
Pequeno, microscópico, que nem se avista.
Pois o bicho tá matando as pessoas
Deixando atormentadas outras milhares.
É preciso estar seguro até que se ponha fim.

O melhor que tem a fazer, enquanto isso ocorre
É cuidar da casa. Da família, da sua nobre vida.
- Mas tenho que ir comprar pão!
Ligue não. Faz tapioca. Come outra coisa.
É preciso ficar em casa. Senão a vida morre.

Mas, apesar de toda essa pandemia, acredite
Não entre em pânico. Basta ficar tranquilo.
Em casa você está seguro com álcool em gel.
Ou água e sabão que é algo mais em conta
Do que cair na ganância dos incautos, evite!

- E quando isso vai passar – me pergunta você.
E eu sei lá! Estou todo ligado na tecnologia.
Só se fala desse coronavírus, é pandemia.
Mas eu estou lendo cada livro interessante.
Entre eles o que faz minha alma se enriquecer.

Vou estar rezando sim. Pela minha e pela sua alma.
Rosário nas mãos pedindo a Maria, o socorro.
Sei que ela é mãe piedosa e não nos faltará.
Se o filho dela venceu a morte, o que dirá um vírus
Por isso nele eu tenho fé e toda essa calma. 

Faça alguma obra humanitária. Reze. Vê se faz isto.
E logo mais a gente só vai ter notícia desse fato
Nos livros de história. Nas efemérides do passado.
Porque somos filhos do Altíssimo.
E ele nos deu por irmão, seu filho amado. O Cristo.