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sábado, 4 de abril de 2020

MAR DE LUZ


A nau da minha vida singrou por outros mares,
Depois que d´outra praia, eu vi meu corpo inerte;
que amigos da Astronomia, em gestos singulares
rogaram a que eu artista, de novo assim desperte

Dos astros navegante fui. Vislumbrei mil olhares
de moçoilas retratadas em busca de algum flerte.
Mas era só pra amada meus versos, meus quedares 
vívida vida vivida por mim com ar mais solerte 


ah! porto mais seguro é a morte quando cruza
o final da vida breve, que em anos se degrada
e que põe em risco a existência que flagela.

Quisera ainda viver e responder a quem acusa
de ser a vida única. É não! Existe outra enseada
onde o mar de Luz não conhece nem procela.  



Inspirado em Otacílio Colares
dia 5 de abril de 2020