A vida tem duas faces
Igual a toda moeda
As duas são entrelaces
De elevação e de queda
Uma convive nos ápices
Enquanto outra se hospeda
Em meio a dor dos trespasses
Que o mundo ainda lhe enreda
Escravocratas antigos
Carregam hoje em seus braços
os filhos de outras tormentas
Protegem assim inimigos
de outras vidas, nesses laços,
renovadas as vestimentas.