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sexta-feira, 1 de julho de 2022

A cruz que libertou o Cristo

 Quando essa árvore se fizer livro,

nela eu quero ser poema. Quando for

arte, quero estampar paisagem. Quando for

chama, que dela eu seja o seu incenso.

 

Quando essa árvore se fizer berço,

Quero nascer criança, Quando barco,

Que seja meu transporte. E quando ela

se fizer tormento, não seja dela, o algoz

 

Como as que se ligaram à vida de Jesus,

na manjedoura, no barco ou no patíbulo

As árvores a ele concederam préstimos

 

Como transporte, atravessando mares

na ceia santa, alimentando as almas 

até que, em cruz, viesse libertá-lo.