Quando essa árvore se fizer livro,
nela eu quero ser poema. Quando for
arte, quero estampar paisagem. Quando
for
chama, que dela eu seja o seu incenso.
Quando essa árvore se fizer berço,
Quero nascer criança, Quando barco,
Que seja meu transporte. E quando ela
se fizer tormento, não seja dela, o algoz
Como as que se ligaram à vida de Jesus,
na manjedoura, no barco ou no patíbulo
As árvores a ele concederam préstimos
Como transporte, atravessando mares
na ceia santa, alimentando as
almas
até que, em cruz, viesse libertá-lo.