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sábado, 15 de outubro de 2022

ENCONTRO COM ANNIE BESANT

Na sala espaçosa sem grandes adornos decorativos, adentrei silencioso, conduzido por uma voz-guia que me orientava sobre o local no qual ingressara. No meio da sala, sentada em uma cadeira, uma mulher de meia idade estava absorta e pensativa, mirando o olhar à distância como se prescrutasse o invisível. Era Annie Besant, a seguidora de madame Blavatsky, em sua missionária passagem pela Terra. 

- Esse é um holograma de um dia da senhora Besant, quando ela foi flagrada por um admirador de sua obra, em quase êxtase profundo - anunciou-me a voz que passarei a citá-la como de Oleg. 

Ao vê-la ali, imersa no vazio existencial, Oleg a interpela sobre o que estava a pensar. E ela, em comedida atitude, sai de uma projeção semi-estática, vira-se como em "slow motion" para o discípulo e diz: 

- Estou a mirar o futuro...

E após uma pausa, complementa: “e eu estou nele. Viva. Ainda que morta”.

Acordei do desdobramento e fui pesquisar o histórico dessa figura que teve admirável participação no mundo entre os séculos 19 e 20, sustentando a obra teosófica.