ESCRITOS MEUS
Currais da morte (A Francisco Carvalho, in memoriam)
o canto de minha poesia, reside hoje em diana tradução mais legítima do presente.tampouco versa nas rimas dos aboios.Adulta, ela se alimenta do hálito das nuvens,Embriaga-se na brisa das crinas dos cavalos.Longe das lambanças que, nos engenhos,eu repuxava das gamelas o alfinim em fios.Minha poesia desse tempo busca as rimasQue tanto reclamei em noturnas temporadasQuando só, primaverizava lúdicos sonhos.Hoje, ela sobrevive da essência da saudadeE nessa dimensão busca recriar em fatias de luzA alma que ganhei ao transpor os currais da morte.
1Perpetua Souza
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