Visitei meu jardim
secreto, ontem à noite.
Revi a
senhora que nele conserva cuidados,
emsombreada por
uma onda de tristeza
como se lhe
desgostasse o prazer da vida.
Em gôndolas
de luz, colhi algumas pétalas
das magnólias
mais formosas que já conheci.
A fragância
delas me nutriu de forças mágicas
e saboreei o
gosto abrandado das alfazemas.
No meu
jardim secreto, permissão apenas
tenho para
adentrar aos limites do meu eu
e acordar do
sonho quando desejar fazê-lo.
Não tenho
mágoa de não ser um frequentador
mais assíduo;
mas guardo a nítida impressão
de que, um
dia, eu o habitarei na eterna idade.