MEMÓRIA OUTONAL DE UM ANTIGO BARDO
Nonato Albuquerque
Um domingo
de ventania cortante,
como o som
de Morrison no rádio.
Lembranças
de um tempo distante,
aos gritos
da torcida num estádio
Essa memória
outonal é constante
na vida do antigo guerreiro arcádio;
um solitário cavaleiro andante
No mundo onde
a língua é seu gládio.
Ah costumes
de eras que inda guardo,
como tesouros
que eu vivi no espaço
onde tive outro nome e outro rosto.
O tempo não
apaga do antigo bardo
a memória de
versos que inda faço
lembrando aquele tempo já deposto.
Domingo, 11 de maio de 2025