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sábado, 17 de agosto de 2019

O menino que se tornou santo




Santo, o jovem de pouco mais de 15 anos chamado de Martinus, quando cavalgava na Panônia, deparou-se em seu caminho solitário da Savária com um homem coberto de andrajos, morto de fome e de frio.

Na mente indiferente de qualquer um, não perderia seu tempo para atender a um necessitado que nem pertencia à sua comunidade. mas nessa alma de renovado brio, inspirada pelos tutelares do alto, ao contrário do que outro poderia fazer alguém em meio à guerra, desceu do garboso cavalo, alimentou o homem, para em seguida rasgar a metade de sua capa vermelha e envolvê-la no  corpo dele com extremado carinho. 

Martinho, como era o nome pelo qual era identificado entre os de sua família e a tropa da cavalaria romana, depois do gesto caritativo seguiu o caminho e, à noite, em seu sono, maravilhoso sonho acontece, onde  lhe surge transportado em luz o notável mestre Jesus. 

Condicionado ao exemplo maior de Martinus feito na seara terrena, Cristo desce dos páramos celestes e por gratidão ao gesto que ele dedicara ao inimigo, vem lhe trazer a luminosa bênção dos céus, fazendo mais do que isso. Ele lhe dá a metade da túnica sagrada com que, até hoje, os célebres pintores O tem retratado em seus maravilhosos virtuosos trabalhos. 

De manhã, ao acordar-se, o jovem resolve então confirmar sua fé junto à colônia de fiéis que proclamavam no século IV, a religião cristã como celeiro de toda a expectativa do céu para transformação dos homens em mensageiros de Deus. E no decorrer do tempo se torna um monge, fundando depois um monastério junto a prelazia-mor que o acolhera entre os seus. 

Um dia, já como Martinho de Tours (Martinus Touronensis) ele se torna bispo, sem jamais se desligar das tarefas humanitárias onde prima nele a prática da caridade, assistindo aos necessitados e emprestando-lhes o ensino do evangelho como luz a derramar entre os que buscavam consolo. 

No final de sua presença terrena, os céus o recebem com alegria e reconhecimento, enquanto na  Terra, seu nome é alçado aos altares do catolicismo como santo. Sua figura magnífica ganha o itinerário de celebrações na Aquitânia, na Gália e em toda a região que hoje denominamos como Hungria, . 

O santo enviado pelo próprio Cristo para traçar os rumos do seu sagrado desiderato, a cada 11 de novembro, é lembrado pela confirmação de que veio traduzir
 a misericórdia dos Céus a todos aqueles que apostam na caridade como passaporte para o acesso à Casa do Senhor.