Na cidade dos sonhos, por onde transito quando fora do corpo estou, há essências de luz circunavegando o ar. Nele, respiro o hálito das manhãs de outros dias, quando vestia-me um outro corpo e os lugares por onde andava sintonizavam outras ondas.
Ontem, por exemplo, atravessei ruas de pedras encantadoramente belas. Luminosas, elas refletiam uma suave emanação de paz para os caminhantes que, por sua estrada, volitavam.
Ouvi de longe, uma voz como a embalar um berço, emitindo notas de uma canção singela:
"Há esperanças no ar.
Choro de criança no céu
Gente pequenina a nascer
em busca do destino Ser
Em todo recanto ouvir
todo esse canto de paz
chegar a um novo tempo
sem mais contratempo"
No meio de tudo isso, o guia me aponta Juliana, 32 anos, que irá receber um menino que (ou aos 7 anos ou nos últimos 7 anos) deixou de ser. O pai por nascimento.