Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Numa Roma onde carros de corrida se alinham
Hoje foi dia de desprendimento no sono. E viajar por cidades que eu nunca fui. Roma, por exemplo. Ali estive em companhia de Agamenon Libório Cavalcante, um antigo colega de ginásio nos tempos do Rui Barbosa de Iguatu.
Desde os 14 anos não tenho notícias dele. Fui colega de sala de aula e estudavámos juntos em sua residência. Agamenon era muito inteligente. Hoje, pelo conheço da vida, posso dizer que ele estava além do estágio daquela época.
No desprendimento de hoje, encontrava-me com ele em Roma, no aguardo da corrida de Fórmula 1. Eu andava pela pista, em meio a fila de carros alinhados, depois de passar por um órgão encarregado de listar pessoas que iam morrer.
Antes da corrida, deparo-me lá na frente com um acidente. Um carro em treinamento havia saído da pista e se chocado contra um objeto. Não me lembro agora quem era o piloto, mas na ocasião isso ficava bem definido.
Quando retornava para me posicionar no local de ver a corrida, perdia o contato com Agamenon e tentava localizá-lo pelo meu celular - é a primeira vez em meus sonhos que esse objeto é citado - e não encontrava seu nome no meu arquivo.
Um pouco desolado, sento-me num degrau e dou de cara com Oliveira, ex-produtor da TV Jangadeiro que estava ali em Roma em companhia de algumas pessoas (possivelmente da família dele). Uma delas me abraçava e corrigia-me no figurino: eu estava com uma camisa cheia de furinhos e ela me dizia que isso exigia uma camiseta por baixo.
No momento seguinte, encontro-me com uma pessoa importante da política brasileira que aguardava em frente ao que eu presumia ser um restaurante, a festa do "pollo". Pollo em espanhol é frango. Acordei.