Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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sábado, 25 de abril de 2009
Sinal de vida muito além das pedras tumulares
A maioria das pessoas pensa que deixar o mundo material é integrar-se (ou desintegrar-se) no nada. Povoa ainda na cabeça de muitos, a idéia de que morrer significa largar tudo e se perder até da memória dos mais queridos.
Esta noite, sonhei que estava cumprindo mais um exame. Era sonho ou desprendimento. Eu ainda não sei atinar bem quando é uma ou outra coisa. Sei que estava fazendo uma prova.
É incrível como a cada fim de mes, eu adentro salas de aula; convivo com turmas que desconheço, mas que são íntimas enquanto sonho e, como me preocupo a cada final, em dar uma (ou mais) resposta nas provas.
Eu sei que neste sábado eu ouvia (não via) alguém alguém fazendo uma pergunta e pedia que eu a transmitisse a uma pessoa que eu conheço. Eu não sei se vou ter coragem de chegar e dizer que nas nuvens, onde tenho um bangalô, alguém manda notícias.
Se ela me perguntar quais, eu nem saberia dizer. Sei que pedia para dizer, como se fosse esse o sinal de continuidade. O sinal de vida.
Interessante, nesses sonhos e desprendimentos, provo a mim mesmo que o mundo é muito mais do que veem os meus olhos. É muito mais além do que ouvem meus ouvidos. É muito mais infinito, do que penso - e, jamais, aquela estória de que ao morrer, terminamos. E sobramos na paisagem, via pedra sepulcral, por onde voam andorinhas ao final de cada dia...