Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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sábado, 2 de maio de 2009
Sonho ou desprendimento, a viagem a Cuba e o caminhão desgovernado
Era sonho ou desprendimento? Esta madrugada circulei por entre imagens não tão bem nítidas, mas impressionantes. Elas me revelavam o cenário de Cuba.
Ruas semi-desertas. Fachadas carcomidas pela ação do tempo. Janelas entreabertas de algumas casas. E, aqui acolá, pessoas desvencilhando-se das gotículas de chuva que caiam sobre as calçadas.
Eu sabia que estava na terra de Fidel e que fora lá convidado pela professora Adísia Sá - que recebera convite do próprio dirigente do país.
Numa espécie de palanque numa praça ao final de uma rua tortuosa, um grupo de pessoas aguardava a hora da chegada do 'líder'. A professora pega o microfone e diz uma frase marcante sobre a ilha - mas a lembrança não me permite guardá-la quando na vigília.
Nisso, o palanque sai do lugar. Percebo tratar-se de um caminhão que, em disparada, avança pelas ruas e sinto que as pessoas podem cair. Vejo Adísia pendurada na carroceria e dizendo que vai saltar. Ela pula e eu fico receioso de que o veículo, naquela carreira, vá de encontro a algum imóvel.
O carro choca-se com algo. Eu penso no sonho que, acordado, sentirei as dores desse acidente. Vou acordando. E, dali a pouco, percebo que minha coluna está dolorida.
Que signiica o caminhão desgovernado? E a professora atirada fora dele depois de pronunciar uma frase importantre?