A lancinante dor que esse peito oprime
É reserva de dívidas muitas contraídas
em vivências de sofrimento e crime
Que o hoje reclama de outras tantas vidas
Do pretérito malsã ninguém aqui se exime
Mesmo que as causas estejam já falidas
O avalista do ontem busca em tom sublime
(a)pagar as marcas das dores promovidas
Quem no mal se converte em algoz
E comete horrores por discórdia
Encomenda ao futuro sua desdita cruz
Em novo corpo, buscará ouvir a voz
Divina, que por sua misericórdia
Orienta seguir os passos de Jesus.