Areia, areia, areia
Deserto de pó, esse mundo
Não sei porque vim dar com os costados
No oco desse tempo vazio.
Sou de planetas distantes
Meu ego, minha metade
Trouxeram a esse plano
Em busca de socorrê-lo.
Chegando aqui, nada
Só terra, terra, terra...
Que nome terá esse canto?
Não vejo ninguém por perto
Alma viva, sou do mundo
Quem busca achar-se, se perde
De tanto andar sem um rumo.
De areia, areia, areia
Meus olhos estão cobertos
A minha boca espuma um vento
De eras comuns já passadas
Eu sou quem fui e quem resta
Do que serei quando deixar de ser.
Areia, areia, areia
Se eu sou pó, quando retornarei a ele?