Eu tenho anjos que me visitam em agosto
Quando setembro me deixam os orixás
Como em abril os duendes me cortejam
Não sofro o adeus que o outro mês me traz
Um unicórnio cavalga comigo em maio
E verte do altiplano em julho a quintessência
Do aroma mais sutil de fadas madrinhas.
Em julho, gnomos me dão de si toda ciência
Em dias chuvosos como esse que atravesso
O espectro da vidência de meu chacra
Amplia-se e adentra o íntimo dos meses.
escrevo essas loucuras para curar o vazio
que a solidão dos anos tentam encharcar
e que março me indispõe a esses reveses
e que março me indispõe a esses reveses