Dentro
da imensidão do mar
correm
rios de luz,
por
onde transitam peixes
de
todas as espécies.
Cardumes
de sargos de dentes,
robalos,
tainhas,
camurupins,
tarpões e ciobas,
enfileiram-se
no mar.
Numa
nuvem espessa de xaréus
circunavegam
corvinas,
dourados
do mar se engolfinham
entre
mil espadartes.
Quem
para apreciar a riqueza
do
fundo das águas
senão
os elementais que guardam
e
integram a Natureza.
Um bando de garoupas e marlins
sinfonizam uma dança
enquanto baleias atravessam ondas
de golfinhos a lhe guiarem.
Uma pescada mais ousada vai
até o espelho dágua
e pela ousadia de vir à superfície
se faz ainda mais pescada
No mar de tantos mundos, afloram
espécies curiosas, belas.
Namorados, cavalas, meros, pargos
e tantos seres aquáticos.
Há
uma ponte entre o ar e as águas;
de
tão sutil que é,
invisível
se faz ao olho humano
que
tente prescrutá-la
Um
dia, quando os mortos do mar
se
levantarem em juízo
e os
mortos da terra se alinharem
não haverá mais divisor
No abismo do mais fundo oceano
esses seres vigiam
palácios e riquezas que só a alma
palácios e riquezas que só a alma
dos
poetas sabem traduzi-las.