altas
horas das noites mal dormidas,
velem
as rezas dos que ainda têm vidas
para
celebrar os tempos de arrimos.
eram
de poemas e prosas divertidas
as
conversas que ali todos haurimos
em
meio às doses muitas, sem medidas,
que
das centenas de botellas abrimos
o
tempo, malgrado toda essa fortuna,
achou
de trair-nos e nos mandar a morte
fazer
companhia em nosso vil caminho
hoje,
os ares dos meus bares tem visão noturna
de
quem vive à sombra de sua própria sorte
e
morre de sede por uma gota só de vinho.
(15.1.19)