E eu me
achava poeta, antes de ver o que gera
uma sociedade
inteiramente nova, diferente.
Fecundamente
linda, bela. De coisas e de gente
que parecem
flutuar no encanto dessa esfera.
E eu que me fiz
cético, me achando inteligente
A achar que crença
era coisa de quem espera
influência sobre
outra pessoa para fazê-la crente
e depois
dominá-la sob os efeitos de quimera.
Foi preciso pegar
um barco pelo rio das mortes
E ao lado de
Caronte, singrar entre os tormentos
Da perda
física, a chance de achar o novo porto.
Ao chegar vi
que não se exigem os passaportes
Da fama, nem
da sabedoria, ou de outros tentos
Que me façam
crer, de que aqui não estou morto.