que eu nunca
quis me olhar num espelho.
Evito-os, como faz da cruz o ser do mal.
E não sigo de ninguém outro conselho .
É que meu olhar
penetra de modo tal
as raízes do
íntimo meu, de porte velho
que nele vejo
cicatrizes minhas, sinal
de que fui mau e
cometi um destrambelho.
Minha alma não
tem a cara que carrego.
Não é doce,
nem amarga, pelo contrário
é alma sofrida,
marcada a ferro e fogo.
Vivenciou
apegos que hoje ainda me apego
Sempre a fugir do espírito gregário
Que o espelho meu revela como um jogo.