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sábado, 10 de julho de 2021

OS QUE SÃO E PARECEM NÃO EXISTIREM

Eu sou a gota dágua  

vertida pela emoção do teu olhar,

naquele instante de emoção plena.

Sou o grito calado

ante o temor do futuro indesejável

que aperta a minha garganta.

Sou o estalar de dedos,

quando o nervosismo aperta

diante de alguma notícia ruim.

Sou a respiração arfante,

que aperta o peito

e deixa o meu coração na boca.

Sou todos esses instantes

Que ninguém conta e, infelizmente,

esquece como se nada fôssemos.