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sábado, 2 de abril de 2022

SAUDADES DO FUTURO - Ao poeta Carlos Emílio Correia Lima



Ele tinha os pés chumbados no espaço,
raizes de onde (re)colhia poemas.
Seus braços eram veias de luz
a escorrer da cornucópia de sua
mente de gênio.

seus ouvidos,
eram moucos ao grito dos insensatos
que ignoram que os poetas
são loucos ou Aladins
com suas lâmpadas magicalizando
as metamorfoses do tempo.

Sua meta era a linguagem
meta metade de tudo
que seu método na feliz cidade
onde viveu,
falava de saudades do futuro.

O poeta mago saiu hoje,
bateu a porta de sua vida
e pegou ruas do cosmos
nos deixando em meio
a essa (af)lição.


P.S.: eu fui da turma do Carlos Emílio, em Letras na UFC, onde após seis meses no básico, rumei pra Comunicação Social onde me formei. Algumas vezes encontrava-me com ele numa banca de revista que costumava frequentar na Pontes Vieira. Era um senhor poeta. Era não, É.