Nas
horas de desconforto e desabrigo,
a
mão humilde que se estende, ajuda;
o
olhar sereno que se apieda é amigo,
e
a voz do amor não se contenta muda.
O
medo que em nós se dispõe a um perigo
rende-se
à coragem e com ela se amiuda
É
a força íntima que gera o pão do trigo
e
a magia pacífica de um verso de Neruda.
Quem
mais para contrariar o argumento
onde
a expressão Amor se revela nua
e
desvenda mistérios como quem lê a sorte
Se
para toda alma a Vida é um alimento
é
preciso dizer que ela, inteira, continua
Em planos que nos faz chamá-la morte.